Teófilo Cubillas. Sentiu um clique? Se tiver mais de 30 anos e gostar do futebol perfumado, de golos impossíveis e da magia mais pura, então já estará algures na fase final da década de 70, numa altura em que o F.C. Porto ressurgiu vitorioso, a rever todos os gestos desse peruano de nome engraçado que encantou nas Antas e deixou saudades em quem idolatra a bola. 

Era bom que voltasse, não era? Pois, mas já houve Fernando Gomes e Jardel, por exemplo, goleadores exemplares e igualmente memoráveis. De Cubillas, contudo, os portistas dizem sempre mais qualquer coisa. D. Teófilo, contam, era fantástico. Até porque simbolizou um bater de pé inequívoco ao poder de Sporting e Benfica e afagou durante largos meses o orgulho nortenho. 

Pois bem, animem-se os portistas! Teófilo Cubillas voltou às Antas, na figura de um jovem de estampa física impressionante, igualmente tímido, igualmente moreno, igualmente desejoso de vencer na Europa. Teófilo Cubillas Júnior visitou o F.C. Porto há cerca de um mês para confirmar com os próprios olhos aquilo que o pai lhe contara vezes sem conta. Gostou do que viu e pediu de imediato para treinar na equipa B. 

O novo Cubillas é defesa e tenta evitar aquilo que o pai melhor fazia. Tem 24 anos e achou que devia arriscar deste lado do Atlântico. Para já, todavia, é comedido e evita traçar objectivos. Ser estrela do F.C. Porto é hoje bem mais difícil que há 25 anos, por isso todos os cuidados verbais são poucos. Mas quem trabalha diariamente com ele, fala de um central que sabe sair a jogar e ocupa com eficácia os espaços que lhe competem dominar. Dá para confiar. E esperar com expectativa.