Muito se tem especulado sobre o estado de espírito do plantel do F.C. Porto. Duas derrotas consecutivas ¿ uma em Glasgow diante o Celtic; outra em Aveiro frente ao Beira Mar ¿ são argumentos suficientes para um possível mal-estar no seio do grupo, devidamente exacerbado com o caso Jorge Costa, ausente na última convocatória por um alegado gesto irreflectido, ao atirar a braçadeira de capitão para o chão no desafio com o Vitória de Setúbal. 

Este poderá ser o pensamento de quem está de fora, à margem da situação corrente, e apenas vive o dia-a-dia do dragão através de meras observações distantes. Mas os jogadores dizem o contrário. Dizem que a paz, a calma e a concentração são ideias latentes em todos os treinos e o mesmo espírito de luta e de vitória mantém-se para os tempos mais próximos. Fredrik Soderstrom tem a palavra: 

«O ambiente no balneário é bom», diz o jogador sueco. Isto apesar das derrotas e de uma possível palestra do treinador com o plantel, que decorreu na manhã de segunda-feira antes do treino. «O futebol é assim. É difícil falar sobre isso», afirmou o médio azul e branco sobre o caso Jorge Costa e o facto de Alessandro ter sido relegado para a equipa B. O que tem corrido mal? «Não quero falar disso. Vamos preparar o jogo com a Juventus», disse. 

Durante a pré-temporada e no início do campeonato, Fredrik Soderstrom foi uma opção constante da equipa técnica. Depois lesionou-se, na Suíça, onde o F.C. Porto garantiu o acesso à Liga dos Campeões diante o Grasshopper. A presença do sueco confere mais músculo ao meio-campo e alguma acutilância ofensiva, dada a facilidade do jogador em progredir no terreno com a bola controlada 

Será que tem feito falta? O futebolista riu-se durante breves segundos. Só depois respondeu: «Não quero falar sobre isso. Não quero falar do meu trabalho». Esclarecidos? Depois a questão dos trincos, novamente o dedo na ferida e uma escapadela à pergunta. «Não quero falar disso. Todos os jogadores são importantes. A nossa equipa quer sempre ganhar alguma coisa», sublinhou. E o que faltou ao F.C. Porto nos últimos tempos? «Isso é história...» 
 

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