Frank de Boer, capitão da selecção holandesa e jogador do Barcelona, poderá provar a sua inocência no caso do teste positivo de nandrolona, que levou a UEFA a suspendê-lo por um ano. Um professor de genética defende que, através de análises realizadas ao seu irmão gémeo Ronald, pode provar que Frank produz altos níveis de nandrolona de forma natural. 

«Há pessoas que parecem produzir nandolona a níveis bem mais elevados do que o normal. Isso pode ser difícil de provar, mas se tivermos um irmão gémeo torna-se muito mais fácil», explicou Ronald Plasterk da Universidade de Utrecht. 

O médio Ronald de Boer, também internacional holandês, joga actualmente no Glasgow Rangers depois de uma trajectória idêntica à do irmão, tendo ambos jogado no Ajax e no Barcelona. 

Os níveis de nandrolona podem ultrapassar o normal em menos de um miligrama por litro. O primeiro teste realizado a Frank de Boer revelou que o jogador ultrapassou em mais de 8 miligramas, quando o limite permitido pela UEFA é de apenas dois. 

«Os níveis podem subir com o exercício...mas temos que ver em que circuntâncias é que subiram tão alto», explicou Plasterk num programa de uma televisão holandesa que abordou o problema da nandrolona que poderá tirar o capitão Frank de Boer e o vice-capitão Edgar Davids à selecção holandesa. 

Plasterk confessou que é um admirador de Frank de Boer, mas acrescentou que os holandeses não podem contar com a flexibilidade das leis. «Não podemos insistir que Maradona, por exemplo, seja castigado e, ao mesmo tempo, pedir que as regras sejam alteradas pelos nossos jogadores».