O seleccionador italiano Dino Zoff revelou hoje, em conferência de imprensa, que não tenciona fazer qualquer tipo de marcação especial a Zinedine Zidane, no encontro da final com a França, amanhã, no Estádio De Kuip, em Roterdão. Mais uma vez, Zoff mantém-se fiel ao seu esquema de jogo, deixando Del Piero no «banco» e colocando Totti no apoio a Inzaghi. 

«Zidane é sem dúvida um grande jogador...mas nós não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar um homem para acompanhar Zidane. De qualquer maneira, muitas vezes não vale a pena optar por essa solução. Assim, vamos tentar, dentro dos nossos limites, impor o nosso jogo», referiu Dino Zoff. 

O seleccionador italiano tem optado pelo seu esquema táctico clássico, o célebre «catenaccio», que destruiu os holandeses após uma batalha de 120 minutos. «Vamos fazer tudo o que pudermos para impor o nosso jogo, se o adversário nos permitir. Os holandeses não nos permitiram. Jogaram em casa e tinham uma equipa muito forte. Mas nas outras partidas jogámos normalmente, atacando, defendendo e atacando outra vez. Quando atacamos temos de o fazer de forma equilibrada. Caso contrário, é suicídio». 

O técnico italiano disse ainda não ter decidido quem vai substituir Zambrota (castigado) no lado direito do meio-campo, mas reduziu as hipóteses a Pessotto e a Di Livio. Zoff recusou-se a revelar quem é que vai actuar ao lado de Inzaghi, mas é provável que aposte em Totti em detrimento de Del Piero, que se desgastou muito no jogo contra a Holanda. 

«Vencer por 1998», diz Pessotto 

Gianluca Pessotto, que só foi utilizado como suplente nos dois últimos jogos, referiu que os italianos vão procurar vingar a derrota nos quartos-de-final do Mundial-98. «Foi uma derrota dolorosa», disse, recordando a eliminação no desempate por grandes penalidades após empate sem golos. «Queremos vencer por nós próprios e também por 1998», referiu Pessotto. 

Fabio Cannavaro, um dos quatro defesas encarregados de travar os campeões do mundo apoia a decisão de Zoff em não marcar Zidane. «Não o vamos marcar mas temos de ser bons em fechar-lhe os caminhos quando receber a bola».