Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e Valentim Loureiro, presidente da Liga, manifestaram-se satifeitos com a aprovação da nova lei de transferências, depois do acordo alcançado na segunda-feira entre a Comissão Europeia, a UEFA e a FIFA. Os dois dirigentes reuniram-se esta tarde com José Lello, ministro do Desporto, com o intuito de pedir ao Governo que pressionasse a União Europeia no sentido que esta aceitasse a o carácter de excepção do futebol em relação à lei das transferências. No entanto, o acordo de ontem tornou a reunião «esvaziada de sentido» e os dirigentes aproveitaram o encontro para discutir outros assuntos relacionados com o futebol português, nomeadamente, o Euro-2004 e as dívidas dos clubes. 

«A parte fundamental da reunião foi a análise de tudo aquilo que foi conseguido com a União Europeia em conjunto com as federações e com as ligas. Manifestámos com agrado que as iniciativas da FPF e da Liga, que não vêm de agora, vêm desde 1998, foram acolhidas positivamente no seio da União Europeia e da própria UEFA e que hoje deram uma prespectiva diferente, embora possa ser contestada, relativamente ao que são as expectativas dos clubes portugueses», explicou Gilberto Madaíl, presidente da FPF.  

Valentim Loureiro revelou que esta terá sido apenas mais uma reunião entre outras que a Liga, a FPF e o Governo têm realizado. «Várias vezes o presidente da Federação e eu próprio temos vindo falar com o ministro e temos estado noutros gabinetes governamentais para tratar de assuntos do futebol. Mas não temos por hábito dar publicidade dessas audiências porque gostamos de resolver as coisas e não publicitá-las. A reunião de hoje com o ministro resultou no facto de haver na União Europeia algumas reservas ao problema da transferências dos jogadores do ponto de vista internacional. Um problema que acabou por ser resolvido sendo alterados os princípios para alteração das regras da FIFA, documento que já chegou à Liga e à Federação». 

Valentim Loureiro exlicou ainda que as novas regras só se aplicarão nas transferências para clubes estrangeiros. «A nível interno já temos o nosso contrato colectivo de trabalho que é respeitado uma vez que internacionalmente a União Europeia respeita aquilo que cada país tem como legislação própria».