Os jogadores do Boavista estão chateados com as acusações de violência a que têm sido acusados, o que, na sua perspectiva, tem influenciado os árbitros. Uma tendência que querem ver invertida já no jogo de amanhã, com o Belenenses. 

Na perspectiva de Frechaut «se calhar os árbitros já vêm com a mão no bolso para os jogos com o Boavista depois do que se disse na pré-época» e isso faz com que os jogadores «sejam os mais prejudicados». O que a equipa faz em campo é «ser dura, mas nunca para magoar ninguém», assegura. Aliás, Jaime Pacheco até se queixou da falta de empenho no encontro com o F.C. Porto e Frechaut concorda: «Houve diferenças entre o ano passado e este ano. Uma vez que a nossa maneira de jogar é pressionar o adversário é isso que temos de continuar a fazer. Temos de ser mais agressivos, por isso esta semana falámos e trabalhámos muito sob esse aspecto para que os erros não voltem a ser cometidos». 

Mário Loja partilha da ideia do colega e rejeita qualquer tipo de violência. «Tivemos uma ou duas expulsões em lances normais e sem maldades. Penso que isso surge por causa das pressões existentes nos jogos do Boavista, em que os árbitros estão mais atentos. Mas penso que isso irá mudar nos próximos tempos», advogou o defesa-central. 

A moralização do Belenenses 

A vontade de regressar às vitórias já no jogo com o Belenenses é grande, só que do outro lado está uma equipa que vem de um triunfo empolgante sobre o Sporting. Frechaut e Mário Loja avisam para o moral elevado do adversário: «Há que saber contrariar os jogadores, que são todos bons, e não só o ataque. Eles marcam muitos golos, mas nós vamos tentar evitá-los e chegar ao triunfo». 

A derrota com o F.C. Porto «já passou», mas «não pode ser esquecida para que não se repitam os erros nos jogos que ainda faltam, pois o campeonato ainda está só no começo», refere Frechaut, que ainda não sabe se vai voltar a jogar no meio-campo ou a lateral-direito. «Essa decisão não parte de mim, é o treinador que faz as escolhas. Joguei na Selecção duas vezes a lateral-direito e duas vezes a médio no Boavista. Agora, voltei a ser chamado à Selecção e não sei em que posição vou jogar aqui. Estou aqui para aceitar ordens».