O ex-seleccionador nacional Humberto Coelho assinou uma estreia discreta à frente da selecção de Marrocos, vendo a sua equipa empatar sem golos frente à Líbia, num encontro de carácter particular realizado em Casablanca.
Perante escassa assistência (cerca de 6 mil espectadores), o encontro, dirigido pelo português Jorge Coroado, ficou marcado essencialmente pelo regresso da selecção líbia ao contacto internacional, uma vez ultrapassado o embargo desportivo de que eram alvo as representações daquele país.
As escassas oportunidades de golo não foram aproveitadas pelos marroquinos, diante de um adversário que pouco mais fez do que remeter-se à defesa e a presença no onze marroquinos de jogadores conceituados internacionalmente, como Hadji, Hadrioui ou Kachloul, todos eles presentes no último Mundial, não foi suficientes para traduzir no marcador o domínio dos visitados.
A ausência de Naybet, que actuou pelo Corunha na Liga dos Campeões, marcando um golo em Paris, foi a principal contrariedade para Humberto Coelho, que apresentou uma equipa semelhante à utilizada pelos marroquinos nos últimos jogos. Um dado natural, atendendo a que o técnico português ainda não teve tempo para aprofundar o seu conhecimento sobre os jogadores marroquinos.
No entanto, a renovação desta equipa é um desafio a que Humberto não poderá furtar-se nos próximos meses, atendendo à significativa média de idades dos jogadores que compõem a estrutura actual da selecção.
Realce ainda para o facto de Saadi Kadhaffi, filho mais velho do presidente líbio, ter actuado na segunda parte pela sua selecção. Saadi já foi notícia há alguns meses, quando requisitou a presença do canadiano Ben Johnson, do astro argentino Diego Maradona e do ex-seleccionador da Argentina Carlos Bilardo, para funcionarem como conselheiros particulares na sua planificação de treinos.
No estádio Mohammed V, em Casablanca, sob a arbitragem de Jorge Coroado, Marrocos apresentou a seguinte constituição: Gassi; Abrami, Neqrouz, Brazi e Hadrioui (Roumani); Safri (Bidoudane), Chippo (Ouaddou), Assas (Baroudi) e Hadji (El Khettari); Ramzi e Kachlouol (Hadda).
