O susto da descida foi finalmente afastado. Após uma penosa época em que a ambição de regresso à I Liga foi varrida por um envergonhado 16º lugar, O Felgueiras vê-se recolocado na II Liga após a decisão tomada pelo Conselho de Justiça da FPF em relegar o Marco para a zona Norte da II Divisão B. 

O treino desta manhã já foi diferente, apesar de a decisão só ter sido anunciada ao início da tarde. «Antes de começarmos a treinar avisaram-nos que, em princípio, tudo indicava que a decisão ia recair a nosso favor, por isso foi diferente. Estava toda a gente feliz, principalmente depois de todos aqueles momentos de incerteza que já começavam a desmotivar», revelou Filipe Cândido ao Maisfutebol. 

Sem foguetes ou festas marcadas, em Felgueiras festeja-se com o orgulho de «ter sido feita justiça». Um sentimento que é partilhado por todos. «Os culpados tinham de ser julgados e, neste caso, o Marco tinha o pássaro na mão e deixou-o fugir. Penso que com esta decisão deu-se um novo passo no futebol português, rumo à credibilidade. Está na altura de acabar com as trafulhices e isto serviu de exemplo», revelou o jovem jogador. 

A pensar na permanência 

O Felgueiras tem, agora, 15 dias para preparar a equipa para a II Liga. Podem ser inscritos mais jogadores neste período e sabendo-se que o plantel actual tem apenas 19 reforços, necessita de reforços urgentemente. 

Enquanto os novos atletas não aparecem, os que nunca desistiram da equipa começam já a pensar como é que vão encarar o campeonato e o nível frenético que vai existir até ao final da primeira volta, dado que falta jogar oito partidas. 

Para Filipe Cândido «vai ser como jogar o campeonato e a Liga dos Campeões», com jogos ao domingo e à quarta-feira para acertar o calendário. A equipa precisa de adquir ritmo competitivo, por isso os níveis ideais só deverá aparecer «no quarto ou quinto jogo». Por enquanto, e desde há um mês, a equipa tem cumprido jogos-treino duas vezes por semana «para precaver» o futuro. A sensação, de qualquer forma, é de que «a pré-época foi excelente, primeiro com Jorge Castelo e depois com Lima Pereira». 

O «ânimo» é obviamente «muito elevado», mas ainda não foram feitas contas quanto aos objectivos para a época que vai agora iniciar-se. «No ano passado queríamos subir e as coisas não correram bem. Neste momento ainda não tenho nada definido, mas penso que o principal objectivo é a manutenção», referiu, embora ressalvando que a equipa vai entrar em todos os jogos «para ganhar». 

Recorde todo o processo Marco/Felgueiras