Uma das curiosidades na final do Jamor prendeu-se com o duelo entre irmãos gémeos, Nélson e Albertino. Em comum, para além dos laços familiares, a particularidade de serem ambos laterais-direitos de raiz, adaptados esta temporada à posição de lateral-esquerdo. Por isso, não foi possível cruzarem caminhos no relvado, ao contrário do que já sucedera em outras ocasiões.
«Desta vez estávamos em zonas opostas no terreno», recorda Albertino. «Por isso, não chegamos a cruzar-nos nos 90 minutos, ao contrário do que aconteceu no jogo da época passada, na Madeira. Aliás, é sina nossa defrontarmo-nos sem nos cruzarmos. Já quando eu estava no Salgueiros e ele no Sporting estávamos os dois no lado direito...».
Sobre o jogo, o número 2 do Marítimo reconhece, entretanto, que pouc havia a apontar ao desfecho: «Ganhou a melhor equipa, não há muito a lamentar», reconheceu. «Faltou-nos um pouco mais de argumentos ofensivos para podermos discutir a vitória», concluiu, reconhecendo, entretanto, que «uma final de Taça no Jamor tem algo de especial, mesmo perdendo».
Por seu lado, Nélson fez questão de destacar a importância da vitória: «Chegar a esta altura da época sem qualquer troféu obrigáva-nos a dar tudo pela vitória. Felizmente conseguimos esta alegria para os nossos sócios, que nos deram um grande apoio», prosseguiu.
Sobre o encontro com o irmão, Nélson deixou uma palavra de encorajamento: «Acho que o Marítimo fez uma época interessante, e aproveito para desejar muitas felicidades para a Taça UEFA. Sinceramente, gostava de voltar a encontrar o meu irmão aqui no Jamor, quem sabe se já para o ano...».
Talvez, nessa altura, seja possível um encontro de irmãos com menos distância pelo meio. Desta vez, para além da impossibilidade de se cruzarem em campo, nem no fim do jogo conseguiram conversar: Albertino, chamado para o controlo anti-doping juntamente com Bakero (Jorge Costa e Pena foram os escolhidos no F.C. Porto), demorou-se mais do que o previsto e, quando deixou o Jamor, já o autocarro dos dragões ia a caminho da Invicta....
