Georgi Yartsev, seleccionador da Rússia, foi quem menos falou na conferência de imprensa. Alguns problemas de tradução e o escasso número de jornalistas russos presentes na sala tornaram complicada a exposição das ideias por parte deste antigo internacional da URSS, ex-jogador do Spartak de Moscovo, de 55 anos.

Ainda assim, usando de alguma ironia, Yartsev recusou-se a fazer o papel de parente pobre do grupo: «Já deu para perceber, pelo volume de perguntas aos senhores Scolari e Saez, quem são para toda a gente, os favoritos neste grupo. Mas felizmente também sabemos jogar futebol na Rússia, e somos capazes de defrontar em igualdade de circunstâncias qualquer um dos nossos adversários».

Mais formalmente, Yartsev considerou que o grupo A é composto exclusivamente por «equipas e técnicos de classe mundial» e admitiu que o eventual apuramento da Rússia seria «uma surpresa» para muita gente. «Mas é isso que viemos aqui fazer e é nisso que acreditamos», referiu, antes de se mostrar satisfeito com o facto de jogar primeiro com a Espanha: «É bom ter um jogo que suscita tanta motivação logo na abertura. De certeza que estaremos motivados ao máximo, e se conseguirmos um bom resultado isso pode facilitar-nos a abordagem dos restantes jogos».