Seis treinadores abandonaram os seus cargos no campeonato francês e a questão levantou-se: «Porquê trocar de treinador?», é questionado num artigo do Le Monde. 

À partida a troca dá-se para que se instaurem mudanças e os resultados positivos comecem a surgir. No entanto, a substituição de Joël Muller por Albert Cartier, no Metz, levantou a questão e levou à análise da situação dos outros cinco clubes onde houve mudanças: Saint-Etienne, Toulouse, Marselha, Estrasburgo e Paris Saint-Germain. 

O Saint-Etienne ocupava o 14º lugar na classificação à 9ª jornada, altura em que Robert Nouzaret foi substituído por John Toshack. Passadas 13 jornadas, após a mudança, a equipa conseguiu subir apenas uma posição na tabela classificativa. 

Nouzaret saiu do Saint-Etienne, mas à 10ª jornada substituia Alain Giresse. Apesar da mudança no comando técnico a equipa não conseguiu melhor que subir uma posição, na época natalícia ocupava a penúltima posição. No Estrasburgo saiu Claude Le Roy e entrou Yvon Pouliquen, mas o trajecto foi o inverso relativamente ao Saint-Etienne. Em cinco jogos a equipa desceu da penúltima posição para a última.  

Em Marselha, o Olympique subiu dois lugares depois da chegada de Javier Clemente, ex-seleccionador espanhol, passando do 14º lugar para o 16º. No Paris Saint-Germain Luis Fernandez, sucessor de Philippe Bergeroo, ainda não teve tempo de fazer melhor que o ex-técnico depois de assumir os comandos da equipa em Dezembro.  

«A mudança de um treinador não é portanto mais que um simples gesto de atirar areia para os olhos», é uma das conclusões do artigo. Relançar a equipa, mudar métodos, renovar o ambiente no balneário e redistribuir papéis no terreno de jogo são os objectivos e as consequências.