O director-desportivo do Guimarães rebateu esta tarde, minutos antes de Augusto Inácio falar aos jornalistas, as críticas feitas pelos dirigentes do Braga, a propósito do derby da última jornada e do trabalho do árbitro Olegário Benquerença. 

«Os responsáveis do Braga têm memória curta», acusou Neno, numa primeira investida, que serviu de aquecimento para o desfiar do ataque restante: «Alegam que o golo que marcaram por intermédio do Miran foi mal anulado, mas não foi golo, porque o árbitro apitou antes da bola chegar ao jogador. Grande caso foi o anti-jogo que fizeram, lançando, inclusivamente, duas bolas para dentro do campo propositadamente». Estratégia que reconheceu num gesto idêntico de Tiago, que lhe valeu o segundo amarelo e a consequente expulsão.  

O dirigente do Vitória esclareceu que não é sua intenção «levantar celeuma», mas, como tem vindo «todos os dias a assistir a queixas», sentiu-se obrigado a «intervir». «Lamento a atitude dos responsáveis do Braga, mas casos existiram no ano passado em Braga», lembrou, referindo à «lesão do Manoel» e a «duas grandes penalidades que ficaram por assinalar sobre Soderstrom e Fangueiro... Mas têm memória curta!», repetiu, atirando na direcção do oponente: «Ou o Braga tem sido levado ao colo ou, quando apanha um árbitro isento, já se estão a queixar».