Maurílio, proveniente do Juventude de Caxias do Brasil, «apresentou-se» segunda-feira à noite no estádio do Alverca assinando um portentoso golo, o primeiro com a camisola do Vitória de Guimarães em jogos oficiais. De fora da área, com o pé direito, o dianteiro deixou o guarda-redes ribatejano, Paulo Santos, pregado ao relvado a ver a bola entrar no ângulo superior esquerdo. 

Sobre a sua prestação no referido encontro (vitória minhota por 3-1), reparte de imediato os louros com a restante equipa: «Foi uma boa exibição do grupo, pois reflectimos muito do que somos capazes de fazer e conseguimos uma grande vitória.» 

O avançado brasileiro considera que o golo apontado em Alverca «foi importante» porque «ajudou o Vitória e serviu para começar um grande trabalho em Guimarães, uma vida nova!». 

Maurílio deixa um aviso aos guarda-redes: «Já fiz vários golos assim! Quando há acerto na equipa, as coisas acontecem.» 

Dono de um portentoso remate, Maurílio tem feito uma média de 14 golos por época, mas está apostado em melhorar esse número. Sem colocar metas a si próprio, sublinha que quer estar «entre os melhores artilheiros do campeonato».  

Maurílio admite que ainda não se adaptou completamente ao «cenário» português, mas destaca que «em três partidas já deu para ver muita coisa». Ao estabelecer um paralelismo entre o campeonato brasileiro e o português, sustenta que no seu país «há mais malandragem e os cartolas [dirigentes na gíria brasileira] influenciam o resultado». 

No pouco tempo que passou em Portugal garante não ter visto «nada disso». Ainda assim, atira de pronto: «A arbitragem com o Vitória é passiva e não é tão rigorosa como contra nós.» 

Ainda no plano das comparações, Maurílio admite que «é mais difícil marcar golos em Portugal do que no Brasil». 

Sobre o embate de sexta-feira à noite contra os vizinhos de Barcelos, o avançado explica que conhece o Gil Vicente através do que já viu na televisão. «Será um obstáculo difícil, que é preciso respeitar, mas o Vitória vai jogar para ganhar», conclui.