Parece consensual, pelo menos em Inglaterra, que a atribuição do prémio de jogador do ano a Ryan Giggs é, acima de tudo, uma recompensa pela carreira que o galês construiu. Se assim for, é caso para dizer que o reconhecimento tardou, mas chegou. Mais estranho que dar um prémio a um jogador que fez apenas 12 jogos como titular é o facto de Giggs ter esperado até aos 35 anos para ser distinguido pelos colegas de profissão.

A carreira do galês é, a todos os níveis, impressionante. Os números falam por si, de resto. É o único jogador que esteve presente nos dez títulos conquistados pelo Man Utd desde que o principal escalão do futebol inglês se chama Premier League; marcou em todas as edições da prova, desde que tem a actual designação; marcou golos em onze edições consecutivas da Liga dos Campeões, prova que venceu em duas ocasiões. Foi também o primeiro jogador a vencer o prémio de melhor jogador jovem em dois anos consecutivos (1992 e 1993).

São dezanove anos de devoção ao Manchester United, apresentando-se como jogador que mais vezes vestiu a camisola dos «red devils». E se o reconhecimento interno tardou, a carreira internacional de Giggs só não foi mais sonante porque o esquerdino teve o «azar» de nascer no País de Gales, um país com objectivos modestos ao nível da selecção.

Seja como for, os adeptos do Manchester United, e do futebol em geral, nunca esquecerão alguns momentos de pura arte, proporcionados por Giggs. Reveja alguns dos melhores momentos da carreira do galês: