«Passado é passado, o que importa é o presente e o futuro», fartou-se de repetir Gil, campeão no Mundo de sub-20, em 1990, na conversa com o Maisfutebol. Importa, então, saber quais os planos para o futuro. Terminada a carreira de jogador profissional, em 1998, em Itália, no Avelino, Gil Gomes passou a apostar no futuro como treinador e está para breve a estreia, a nível profissional, num esperado regresso à África que o viu nascer. Convites não faltam, não só de Angola como de Moçambique e Gil, enquanto toma uma decisão, quer aprender com dois treinadores de sucesso em Inglaterra: Carlos Queiroz e José Mourinho.
Nesta quinta-feira, Gil Gomes cumpre o seu quarto dia junto do plantel do Manchester United, de Carlos Queiroz e Cristiano Ronaldo, desfrutando de uma experiência que se prolonga por duas semanas. «Tenho aprendido muito. Carlos Queiroz é um dos melhores treinadores do Mundo», diz, sobre o seu antigo técnico nas camadas jovens da selecção, preparando-se para observar «in loco» o trabalho de José Mourinho no Chelsea. «Também é um grande treinador, mas é impossível compará-los», diz Gil, entre sorrisos, apesar de se perceber qual seria a sua escolha, que tem a companhia do irmão, Miguel Gomes, treinador-adjunto do 1º de Agosto (Angola), nesta pequena digressão.
«Quando terminar o estágio com o Chelsea já terei decidido o meu futuro e vou regressar a África, a Angola, que me viu nascer, ou Moçambique, para treinar numa equipa profissional», garante, radiante com o apuramento da selecção angolana para o Mundial de 2006, na Alemanha. Angola e o Benfica são duas das paixões de Gil Gomes, uma promessa por cumprir do futebol português: «Apesar do que aconteceu, tenho de dizer que foi o Benfica quem me recebeu e onde cresci, continuo a ser bem recebido lá e fiquei feliz por terem sido campeões. Vou continuar a acompanhar o futebol português, que infelizmente está uma tristeza, cheio de clubes em dificuldades».