O braço-de-ferro entre Jorge Ribeiro e o Gil Vicente terminou esta sexta-feira. Clube e jogador aceitaram rescindir contrato por mútuo acordo, ficando o lateral-esquerdo obrigado a indemnizar o clube de todas as importâncias recebidas enquanto esteve em Barcelos. O acordo foi conseguido hoje, depois de Jorge Ribeiro ter finalmente aparecido nas instalações do clube, pedindo desculpa à direcção pelo seu comportamento e apresentando as razões que o levaram a agir como agiu.
Num comunicado lido pelo dirigente Firmino Silva, o Gil Vicente revelou que aceitou a rescisão amigável para salvaguardar o jogador, tendo em conta o seu passado e o bom nome desportivo. «Como na avaliação da responsabilidade devem convergir vários factores de ponderação, como a violação dos deveres, a perda de confiança, a personalidade do autor da infracção, a necessidade de preservar a imagem do jogador, a pena é uma sanção que a direcção se serve para repor o equilíbrio do grupo de trabalho e visa corrigir e prevenir futuros actos», referiu o comunicado.
O clube, recorde-se, tinha instaurado um processo disciplinar ao jogador devido à ausência não justificada. Dado o comportamento de Jorge Ribeiro durante todo este processo, tendo inclusivamente recusado uma transferência para um clube estrangeiro apresentada pelo Gil Vicente, ficou claro que não havia condições para continuar no plantel de Ulisses Morais. «O grupo de trabalho onde estava o jogador integrado comunicou à direcção, através dos seus capitães, que a coesão do grupo ficaria lesada se o jogador voltasse a ser reintegrado», diz o comunicado. Ora tendo em atenção todos estes factores, a rescisão por mútuo acordo foi encarada como o melhor fim para este caso.