O futebol tem destas coisas. Imprevisibilidade e alguns pontapés na lógica, mesmo que esta esteja carregada com os mais elaborados argumentos.

Só assim se explica o triunfo do Gil Vicente diante do Sp.Braga, quando a equipa de Barcelos tinha menos dois jogadores em campo, fruto das expulsões de Danielson e Halisson.

Esta imprevisibilidade ganha ainda mais força quando analisado o golo do Gil Vicente. Canto de mangas arregaçadas, muito perto da linha de fundo. Na área todos os jogadores do Sp.Braga, ou seja 11 elementos. Do Gil Vicente apenas três jogadores, com Diogo Viana a encontrar-se nas imediações da área.

César Peixoto aponta o livre a meia altura e Luan mergulha, ilude Nuno André Coelho que estava na marcação e com um cabeceamento colocado faz a bola entrar pelo primeiro poste.

A foto da página oficial do Gil Vicente Facebook retrata esse momento na perfeição.

Eduardo de mãos na cabeça

Na zona em que a bola caiu o médio brasileiro Luan era o único jogador do Gil Vicente. Á sua volta estavam, nada mais nada menos do que oito jogadores do Sp. Braga.

Eduardo na baliza, Tómas Dabó no poste, Rafa e Mauro a fazer barreira, Nuno André Coelho na marcação direta, Santos e Edinho na zona central da área e Luiz Carlos já na saída da área.

Eduardo levou as mãos à cabeça com um ar incrédulo. De seguida dirigiu-se a Dabó, que deu dois passos em frente, abriu a sua posição e permitiu que a bola entrasse pela sua zona tirando ao mesmo tempo capacidade de reação ao guarda-redes.

Com um lance de bola parada o Gil Vicente resolveu aquilo que dificilmente conseguiria fazer de bola corrida. Um jogador superiorizou-se a oito carimbou os três pontos num lance que seguramente Jesualdo Ferreira não se cansar de mostrar aos seus jogadores.