Incidentes a mais, futebol a menos. O nevoeiro estragou um jogo que prometeu muito na primeira parte e terminou numa longa maratona, de dois dias, e onde não surgiu o pão do futebol. Gil Vicente e Marítimo empataram sem golos, num resultado que se aceita, embora os madeirenses tenham estado mais perto de vencer.

Em noite de Halloween, os primeiros quarenta e cinco minutos foram sem partidas, mas com muitos sustos. Para os dois lados. Adriano assumiu papel de destaque pelos golos que negou ao Marítimo, o que não quer dizer que os madeirenses não tenham provado do veneno gilista. Aliás, a ocasião mais flagrante do primeiro tempo até esteve nos pés de Guilherme, num desvio à boca da baliza que saiu ao lado.

FICHA DE JOGO

A verdade, contudo, é que o Marítimo jogou mais à bola. O Gil foi mais vertigem. Viveu da intensidade dos homens da frente, apoiados em dois trincos que oscilaram a segurança com momentos de estranha sofreguidão.

Já o Marítimo, foi tecendo uma teia presa em Roberto Souza e que passou por Olberdam e Rafael Miranda, cabendo a Danilo Dias descobrir os caminhos que a conduzam aos homens da frente. O Gil Vicente demorou, ainda assim, a cair nestas amarras madeirenses.

Adriano: um guarda-redes que dá cartas (destaques)

Entrou mais expedito e intenso, como que a querer provar que o pecúlio recente (três derrotas seguidas) foi mais acaso que consequência. O Marítimo demorou a entrar no jogo, como se disse, e quando o fez esbarrou em Adriano, que foi evitando os festejos insulares. Baba, Danilo Dias e Sami foram os principais causadores de perigo. Sempre com o mesmo sucesso.

Nevoeiro prega a maior partida

O clima de troca de galhardetes declarado não condizia nada com uma noite de Halloween, tradicionalmente de suspense. Haveria de chegar um ingrediente extra para ajudar a compor o ramalhete: o nevoeiro.

Interrompeu o jogo por duas vezes e à terceira foi de vez. Não havia condições. Do tempo que se jogou ficou um cabeceamento de Sami que andou em cima da linha de baliza do Gil. Não terá entrado totalmente.

15 minutos dão para alguma coisa?

Nestas condições, a verdade é que dão para muito pouco. Quando os dois treinadores optam por fazer substituições nesse período e a bola anda mais pelo ar do que no solo, ainda parece mais curto.

Esta segunda etapa da partida apenas serviu para confirmar Adriano como homem do jogo, depois de mais uma grande defesa a remate de Benachour que parecia ter o destino traçado. Uma arrancada de Hugo Vieira pela direita e um lance de dúvida na área do Gil, entre Cláudio e Benachour, são o sumo restante. Pouco, claro está. O previsível, no entanto.