A figura: Luís Carlos

Hugo Vieira seria a figura do jogo, em condições normais. Posto isto, destaque-se o grande jogo que fez Luís Carlos. Pormenores deliciosos, um pé esquerdo afinadíssimo e uma seta constantemente apontada á baliza leiriense. Ataca, ajuda a defender, joga e faz jogar. Claramente um jogador à parte nesta equipa do Gil Vicente que, sem grandes estrelas, vai fazendo pela vida no principal escalão. Viu a trave negar-lhe um golo merecidíssimo.

A desilusão: Jô

Prometeu muito nos primeiros jogos da época, mas esta tarde este muito, mas muito apagado. Movimentos previsíveis, mais palavra que acção. Começou na esquerda, esteve no meio, passou pelo flanco oposto. Quase nunca se viu. Rematou sem confiança, passou sem clareza. Só não se percebeu porque saiu tão tarde.

O momento: Vieira incendeia o estádio

Minuto 70. O Gil Vicente já justificava há muito o segundo golo, que tardava em aparecer. Hugo Vieira conseguiu-o, numa arrancada individual. Mas o golo que poderia ser o da tranquilidade gilista, acabou abafado pela atitude do jogador. Tinha sido assobiado quando tentou um chapéu na cara de Gottardi e falhou. Respondeu perguntando às bancadas pelos assobios. Que voltaram a surgir, claro está. Tensão nas bancadas, insultos e um assobio que perseguiu Vieira até sair, lesionado.

Outros destaques

Luís Manuel

Quase não se dá por ele, mas foi de extrema importância esta tarde. A «formiguinha» do meio campo gilista trabalhou sem nunca virar a cara à luta. Apoiado por André Cunha, controlou com classe as acções a meio campo e sai do jogo com nota bem positiva. E ainda foi ele a iniciar o lance do primeiro golo de Hugo Vieira.

Djaniny

Bem marcado durante grande parte do desafio, conseguiu construir a jogada do golo leiriense numa das poucas vezes onde teve espaço para arrancar. É possante e continua a mostrar ser uma das revelações do campeonato.

Luís Leal

Primeira opção de Cajuda para abrir o ataque, já a perder. Trouxe a esperança com um bom golo. Tarde de mais.