A figura: César Peixoto

É certo que marcou o golo da vitória, mas ninguém levará a mal se começarmos este destaque pelo momento que protagonizou ao minuto 66. Que momento! Que momento! O centro de Avto era perfeito, um olhar mais frio até poderia dizer que o esquerdino tinha espaço para parar e matar o jogo. Mas Peixoto quis correr o risco e esteve a centímetros de ser feliz. A bicicleta morreu nas malhas laterais. Antes disso, como se disse, fez o golo com a inesperada ajuda de Douglas e depois ainda viu o guardião atirar para a trave um canto direto. Uma noite em grande.

O momento: o frango que ajudou o Galo

Minuto 31. O Gil tinha acabado de mostrar bons pormenores na esquerda, mas a jogada não deu em nada. Não foi à primeira, foi à segunda. A bola chegou, do lado contrário, a César Peixoto. O médio viu o espaço e pensou: por que não? O remate foi forte e o resto foi...com Douglas. Desconcentração e golo. Um frango a ajudar o Galo de Barcelos.

Outros destaques

Avto

Se foi João de Deus a exigir a contratação do extremo que consigo trabalhou na Olhanense, o Gil só tem de agradecer a dica. Tem aqui um jogador com enorme potencial. Único extremo de raiz no onze, face à inesperada ausência de Diogo Viana, chegou e sobrou para as encomendas, fazendo a cabeça em água a Pedro Correia. A seguir.

João Vilela

Teria nota mais positiva se estivesse com a pontaria afinada. De longe o jogador que mais desperdiçou. Aquele remate disparatado, ao minuto 9, com tudo para marcar é paradigmático: excelente movimentação e finalização de amador. A atuação de Vilela esta noite foi muito assim. Em alguns momentos, sobretudo na fase de construção foi muito bom. Noutros roçou o medíocre.

Gabriel

A sua atuação tem uma mancha grave: a entrada sobre Leonel Olímpio mesmo no final da primeira parte. Arrepiante. Rui Costa poderia (ou deveria) ter expulso o lateral gilista. Se tentarmos esquecer esse lance é fácil avaliar positivamente o jogo de Gabriel. Forte a atacar, não descurou a defesa e foi dos gilistas mais perigosos, sobretudo no primeiro tempo, quando teve mais liberdade.

Luan

Exemplar na frente da defesa. É o elemento do miolo gilista que não se preocupa em construir mas não precisa. O que faz, faz bem. Mais um valor a merecer outra atenção.

Douglas

O que foi aquilo? Não é fácil perceber o que queria fazer o guarda-redes do V. Guimarães no lance do golo de César Peixoto. O remate foi forte, levava algum efeito mas nada que fizesse prever que fosse parar ao fundo da baliza vitoriana. Um erro que comprometeu o resultado final da equipa. Mas não o único. Na segunda parte perdeu a cabeça e agrediu Paulinho na área. Era penalty e expulsão. Valeu-lhe que Rui Costa estava desatento.

Nii Plange

Saltou cedo do banco para render o lesionado Marco Matias e mostrou desde logo que pode muito bem ser titular nesta equipa, assim que readquira os necessários índices físicos. Vindo de lesão, não se assustou com a entrada a frio e mexeu com o ataque vitoriano. Falou ser mais eficaz, sobretudo quando perdoou na cara de Adriano, no início da segunda parte.