No duelo inédito entre os irmãos Xhaka, Granit levou a melhor sobre Taulant e a Suíça venceu a Albânia por 1-0, em Lens, juntando-se à França no comando do Grupo A do Euro 2016. Um golo de bola parada e a expulsão do capitão Lorik Cana abriram caminho para a vitória difícil dos helvéticos, por sinal a segunda em todas as fases finais depois da primeira no Euro 2008 sobre Portugal comandado por Scolari. A Albânia, mesmo reduzida a dez, lutou até final pelo empate.

Confira a FICHA DO JOGO

Um jogo com muitas afinidades em campo, com muitos jogadores de origem albanesa-kosovar a vestir a camisola da seleção alpina e também muitos albaneses com ligações fortes à Suíça em campo, além do caso mais evidente dos irmãos Xhaka a trazer para o Europeu um duelo inédito entre irmãos que já se tinha verificado no Mundial, com o embate entre os Boateng. Um duelo intenso, uma vez que, para regozijo dos fotógrafos, Taulant jogou sobre a direita, no mesmo corredor de Granit, proporcionando muitos encontros entre os irmãos Xhaka ao longo do jogo.

Um jogo em que a Suíça entrou melhor, com um jogo paciente, construído de trás para a frente, de pé para pé, diante de uma Albânia mais impulsiva, com um futebol mais direito, com passes longos. Numa altura em que as duas equipas ainda avaliavam forças em campo, a Suíça ganhou vantagem no marcador, na sequência de um pontapé de canto marcado por Shaqiri. Berisha saiu mal de entre os postes e central Schär, nas alturas, desviou de cabeça para as redes vazias. Um erro tremendo do guarda-redes da Lazio que acabaria por redimir-se, por várias vezes, ao longo do jogo, com uma série de defesas que mantiveram a sua equipa na luta até final.

As ESTATÍSTICAS DO JOGO

A verdade é que a Albânia reagiu bem ao golo, diante de uma Suíça que recuou logo depois de ganhar vantagem. Sadiku, lançado por Abrashi, teve uma oportunidade soberana para empatar, mas antes do intervalo novo revés para as «águias» dos Balcãs. Rápido contra-ataque da Suíça, com Cana num ombro a ombro com Seferovic, a escorregar e a cortar a bola com o braço. Segundo amarelo, consequente vermelho e tudo mais difícil para a Albânia que perdia o seu capitão e pilar da defesa. Ainda houve movimentações no banco, mas o treinador italiano acabou por manter os mesmos dez em campo, recuando Kukeli para o eixo defensivo.

Podia ter sido um golpe duro para os albaneses, até porque, nos instantes que se seguiram, Dzemaili teve duas ocasiões claras para fazer o segundo para a Suíça, mas a verdade é que a diferença numérica não se notou em boa parte do jogo. A Albânia esteve na luta pelo empate até ao último instante do jogo. É verdade que a Suíça podia ter acabado com o jogo em mais duas ou três ocasiões, com destaque para uma oportunidade desperdiçada por Shaqiri e outra de Seferovic [Berisha sempre em bom plano], mas a Albânia também podia ter chegado ao empate, pelo menos fez por isso.

Os albaneses chegaram a festejar um remate de Sadiku às malhas laterais no melhor momento da Albânia que, diga-se a bem da verdade, nunca baixou os braços até final e até pode queixar-se de uma grande penalidade que ficou por marcar, depois de Lichsteiner agarrar Lenjani em plena área. A dois minutos do final a oportunidade mais flagrante com Gashi, que tinha rendido Sadiku, a surgir destacado, mas a permitir a defesa de Sommer.

A Suíça junta-se, assim, à França, no topo da classificação do Grupo A, antes de defrontar a Roménia na próxima ronda em que os albaneses vão defrontar a seleção anfitriã.

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