O FC Porto somou apenas um ponto nos últimos dois jogos na Liga Europa e terá de subir de rendimento para lutar pelo primeiro lugar neste Grupo G, que passa a ser ocupado pelo Young Boys, após o triunfo da equipa suíça na receção ao Feyenoord (2-0). Os Dragões, com uma proposta de jogo curta para este cenário, não foram além de um empate frente ao Rangers (1-1).

Luis Díaz colocou a equipa portista em vantagem com uma verdadeira obra de arte, depois da primeira meia-hora, mas outro «cafetero», Morelos, anulou o efeito do golo do FC Porto ainda antes do intervalo. Segue-se novo duelo entre as duas equipas, agora na Escócia, a 7 de novembro. FC Porto e Rangers passam a somar quatro pontos, contra seis do Young Boys e três do Feyenoord.

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Sérgio Conceição fez nove alterações no onze do FC Porto em relação à goleada frente ao modesto Coimbrões (5-0), para a Taça de Portugal, como seria de esperar, e duas por comparação com a equipa inicial utilizada em Roterdão, na derrota perante o Feyenoord (2-0).

Jesús Corona recuperou de lesão e Luis Díaz também foi aposta do treinador portista. Os dois jogadores assumiram um papel importante na história do encontro. O mexicano, partido do lado direito da defesa, foi o grande desequilibrador da equipa inicial, arracando sucessivos cruzamentos para a área escocesa, sem o devido acompanhamento.

Luis Díaz, que repetiu a titularidade após o bis frente ao Coimbrões (tal como Otávio), aumentou a conta pessoa com um golo fabuloso, ao minuto 36. Pouco antes, Zé Luís tinha cabeceado ao poste, após cruzamento de Alex Telles. O colombiano, logo a seguir, recuperou a bola em zona ofensiva, simulou, puxou para dentro e arrancou um remate em arco, ao ângulo, sem hipóteses para McGregor.

OS JOGADORES EM DESTAQUE NO DRAGÃO

O FC Porto chegou à vantagem no seu melhor período. Porém, tal não apagou o desempenho mediano na primeira meia-hora e, sobretudo, o completo desnorte que se seguiu. O Rangers, a apostar num bloco baixo e com forte presença no eixo central, soltou-se após o 1-0 e chegou ao empate ainda antes do intervalo.

Morelos, companheiro de equipa de Luis Díaz e Uribe na seleção da Colômbia, começou por atirar de cabeça à trave de baliza azul e branca (40m) e balançou as redes ao minuto 44, num lance simples e eficaz. O extremo atraiu Jesús Corona e a bola foi colocada nas costas, no lateral Barisic que, sem oposição, cruzou rasteiro para o segundo poste. Marcano falhou o corte e Morelos, com espaço, atirou a contar.

O Rangers entrou melhor na etapa complementar, enquanto o FC Porto foi denotando uma gritante incapacidade para aproveitar os espaços nas laterais. Os falsos extremos da equipa escocesa defendiam por dentro, tapando Danilo e Uribe, mas as duplas formadas por Corona e Otávio e Alex Telles e Luis Díaz não conseguiram tirar partido da superioridade numérica nos flancos. Pelo centro, os visitantes estavam invariavelmente em vantagem.

Ao minuto 53, foi Agustín Marchesín a evitar a cambalhota completa no marcador, com uma grande defesa a cabeceamento do «pequeno» Morelos, (1,77m) que ia fugindo às marcações de Marcano e Pepe. Uma vez mais, o cruzamento partiu de Barisic, à esquerda.

LIGA EUROPA: RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES

Vendo a sua equipa em dificuldades, Sérgio Conceição viria a mexer à hora de jogo, mudando do 4x4x2 para o 4x3x3 com a troca de Otávio por Bruno Costa, procurando recuperar o controlo das operações. Marega passou para a direita e Nakajima surgiu à esquerda, substituindo Luis Díaz, que fez um grande golo e pouco mais. O Rangers, porém, continuou mais confortável no relvado do Dragão, para satisfação dos milhares de adeptos ruidosos que viajaram da Escócia para acompanhar o encontro.  

Tiquinho Soares foi a derradeira aposta do técnico portista e, minutos após a entrada em campo, não conseguiu desviar para o fundo da baliza, já na pequena área, na sequência de um cabeceamento de Marcano, a corresponder a um pontapé de canto cobrado por Alex Telles.

Já ao cair do pano, McGregor agigantou-se para evitar o triunfo azul e branco. Primeiro, o guarda-redes do Rangers defendeu o remate de Soares. Depois, travou a recarga de Uribe, no melhor lance do FC Porto na etapa complementar. A pressão final não bastou.