Vítor Baía apresentou esta terça-feira, ao final da manhã, a autobiografia de uma vida. O Palácio da Bolsa, na Ribeira, foi o palco escolhido para uma cerimónia reservada à imprensa e a alguns amigos, entre ele Pinto da Costa, sendo que o banho de multidão ficou prometido para esta quarta-feira pelas 15.30 horas, quando for promovida a primeira sessão de autógrafos na FNAC de Santa Catarina. Antes disso a obra será colocada nas prateleiras ao preço de 25 euros e com as receitas a reverteram integralmente para a Fundação Vítor Baía.
A apresentação começou com os agradecimentos de Pedro Paradela de Abreu, o editor da obra lançada pela Ideias e Rumos, e continuou logo depois com a tomada da palavra por Vítor Baía. O guarda-redes começou por falar sozinho num palco com muito espaço, mas por pouco tempo. A meio da sessão entraram de surpresa na sala os filhos Beatriz e Diogo e Baía não evitou a emoção. Pediu um minuto, trocou um longo abraço e lá continuou, agora com os rebentos a acompanhá-lo.
Pelo meio deixou a certeza que o que ele é, está naquele livro. «Esta é a minha autobiografia, esta é a minha vida», começou por dizer. «É uma conversa que vou ter com quem comprar a obra, é uma viagem à minha infância, à minha adolescência e a toda a minha vivência desportiva. É um livro que nasceu muito por culpa do Dr. Paradela de Abreu que teve o condão de me convencer a escrevê-lo quando eu não estava nada para aí virado. O que irão ver é o Vítor Baía e espero que gostem».
A explicação sobre o ser benfiquista e a recusa em considerar-se um mito
Logo a seguir explicou uma passagem da página 25 que revela que o maior ídolo do F.C. Porto já foi do Benfica. Uma passagem que fez até manchete esta manhã num jornal desportivo. «Quando se tem dez anos e um pai benfiquista é sempre complicado ter uma opinião própria», disse. «A minha referência vem dessa idade. Quando constatei o que era o F.C. Porto e tive consciência para fazer as minhas próprias escolhas, escolhi o F.C. Porto como clube do meu coração. Sou portista a cem por cento. Apenas resolvi ter a coragem de fazer referência a esse facto num livro que é a minha autobiografia».
Já perto do fim, e depois de revisitadas muitas histórias, perguntou-se se aquele era o livro sobre um mito. «Mito é uma palavra muito forte. Sou apenas o Vítor Baía».