A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) garante que os regulamentos foram cumpridos em relação ao adiamento do Santa Clara-Paços de Ferreira (2-1), na sequência de condições climatéricas que afetaram as marcações do terreno de jogo.
Segundo explicou a diretora executiva da LPFP, Helena Pires, à agência Lusa, o clima, razão inicialmente alegada para o adiamento do encontro de sábado para domingo, acabou por afetar «efetivamente as marcações», que ficaram «menos visíveis, o que levou a que a equipa de arbitragem não tivesse validado o terreno de jogo».
«A partir daqui, foram desencadeados mecanismos e procedimentos, com o acordo de todos, dos delegados das equipas e da equipa de arbitragem, no sentido de viabilizar a realização do jogo e a reposição das linhas», aponta.
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Segundo a dirigente, foram feitas «várias tentativas para repor as linhas», com condições climáticas adversas, e tudo o que se sucedeu, sustenta, foi dentro «do acordo obtido entre todos os que lá estavam».
«As condições climatéricas foram a verdadeira causa para que as linhas não estivessem suficientemente visíveis. No dia seguinte [domingo], o que se fez foi um trabalho exaustivo, com recurso a outro tipo de mecanismos, como a colocação manual [das linhas], com pó. Levou a várias horas de trabalho e recurso a um meio já não habitual», considera.
O Paços de Ferreira anunciou um protesto do jogo, que perdeu frente aos açorianos por 2-1, e Helena Pires reconhece o «direito de fazer reclamação do jogo» aos pacenses. «Agora, estará no Conselho de Disciplina [da Federação Portuguesa de Futebol] fazer a avaliação de tudo isto», acrescenta.
Depois da derrota, no domingo, o responsável pela comunicação do Paços anunciou que o emblema «vai formalizar o protesto do jogo, com base nas incidências» de sábado.
Na opinião de Helena Pires, «os relatórios dos árbitros e delegados serão, seguramente, bem mais concretos dos factos do que foi acontecendo».