Henrik Larsson marcou golos, muitos. Foi um dos grandes avançados da sua época, Ronaldinho chegou a dizer que era o seu ídolo. Agora, e depois de ainda ter feito uma última aparição na selecção, resolveu tornar-se treinador, contra as suas próprias previsões. Orienta o Landskrona, da segunda divisão sueca. Larsson fala da sua nova vida, dos treinadores que o marcaram e dos melhores do mundo.

Antes de mais, a explicação para ter mudado de ideias, ele que tinha jurado nunca ser treinador. «O que é que mudou? Cresci! É verdade que disse que nunca quis ser treinador, mas quando crescemos percebemos que é mais interessante do que pensávamos», conta Larsson em entrevista à FIFA, falando dos técnicos que o marcaram, como Alex Ferguson, Frank Rijkaard ou Martin ONeill: «Tentei recolher um pouco de cada. Mas tenho de ter o meu estilo próprio, Diria que sou mais agressivo como treinador do que era como jogador. Temos de falar mais e falo muito mais com os árbitros agora!»

Revisitando a carreira, que incluiu ao mais alto nível o Feyenoord, Celtic, Barcelona e Manchester United, Larsson fala do clube do seu coração e de um arrependimento. «O Celtic é especial para mim, é lá que está o meu coração. Foi o clube onde construí a minha reputação e onde me tornei grande jogador. Não ganhámos uma Liga dos Campeões mas fomos à final da Taça UEFA, ganhámos muitos títulos e fiz parte de uma grande equipa», recorda, aludindo à final de Sevilha frente ao F.C. Porto, em 2003. Quanto ao arrependimento, Larsson fala do período que passou no Manchester United em 2007, por empréstimo do Helsingborg: «Só lamento ter voltado à Suécia quando o mister Ferguson queria que eu ficasse. Tinha 35 anos, mas sentia que ainda tinha bom futebol dentro de mim.»

No Barcelona, onde conquistou a Liga dos Campeões em 2005/06, Larsson viu nascer Lionel Messi. Mas, apesar de elogiar o argentino, não o distingue de outros dois jogadores do actual Barça. «Não gosto de falar em melhor do Mundo, gosto de falar nos melhores na sua posição. O Messi é o melhor na posição dele nesta altura, mas para mim o Xavi e o Iniesta são igualmente impressionantes, à sua maneira.»