É um ponto final...para já. Jupp Heynckes não foi taxativo quando ao final da sua carreira como treinador mas, pelo menos por enquanto, a sua intenção passa por «tirar umas férias» e aproveitar a vida. A hipótese de treinar no estrangeiro foi colocada de lado.

«Tenho 68 anos. Há mais vida para além do trabalho. Quero aproveitar a minha vida pessoal e isso não é possível quando se é treinador do Bayern ou de outro grande clube», afirmou o alemão, numa conferência de imprensa marcada pelo clube para a despedida do treinador.

Heynckes admitiu que houve clubes interessados nos seus serviços, o que considera «natural» depois de uma temporada com tanto sucesso. Mas não quer sair do país. «Não vou treinar em Inglaterra ou noutro lado a partir de julho. Vou de férias. Não vou assinar com ninguém para a próxima temporada. Vou pensar em algumas coisas», garantiu.

O técnico lembrou a dificuldade que é treinar um gigante como o Bayern. «É o trabalho mais difícil a par do da chanceler [ndr. Angela Merkel]. Temos todo o mundo a olhar para nós e quase não temos tempo para a vida privada», desabafou.

Sobre a sua equipa, deixou rasgados elogios e não só por esta última temporada. Em 2011/12 o Bayern ficou perto de ganhar tudo e não ganhou nada. Heynckes diz que essa época «não foi má». «Simplesmente não teve um final bonito. Mas aprendemos com isso e o clube despontou esta temporada», destacou.

«Tenho de fazer um elogio à equipa: penso que praticámos o melhor futebol na história do Bayern», resumiu.

Antes de Heynckes também tomaram a palavra Karl-Heiz Rummenigge, CEO do Bayern, e Uli Hoeness, presidente do Conselho de Administração.

O primeiro diz que o clube «ficará eternamente grato a Heynckes». «A nossa solidariedade é o que nos torna diferentes dos outros grandes clubes da Europa», considera. Já Hoeness referiu que o técnico «sai como um amigo» e que a porta do clube estará sempre aberta para ele.