Guus Hiddink anunciou que poderá continuar ligado ao Chelsea depois do final da presente temporada, mas apenas no papel de consultor, uma vez que não tenciona abandonar o seu cargo de seleccionador da Rússia, nem pretende continuar a acumular funções.
«Pediram-me para continuar a trabalhar para eles depois de Maio como consultor. Talvez possa ser útil ao Chelsea nesse papel», destacou o técnico holandês citado pela BBC.
Hiddink resiste, assim, à pressão para prolongar o seu actual compromisso com o clube de Stamford Bridge, depois desta semana Michael Ballack e Petr Cech terem vindo a público pedir a continuidade do treinador que somou sete vitórias nos seus primeiros oito jogos.
A Federação da Rússia parece estar disposta a partilhar o solicitado técnico, pelo menos foi o que o seu secretário-geral, Alexey Sorokin, deixou a entender, em declarações ao Daily Mail. «Se o Chelsea assumir o interesse, estamos dispostos a discutir. Estamos numa situação confortável. Seria menos confortável se estivéssemos a falar de um clube russo, mas aqui não há contradição. Se Hiddink disser que consegue acumular os dois cargos, não temos razões para não acreditar nele», destacou o dirigente russo.
Há uma semana, Hiddink admitiu que a sua ligação com a federação russa podia terminar mais cedo do que o previsto, caso a Rússia falhasse a qualificação para o Mundial-2010. «Tenho uma cláusula que diz que se a Rússia não se qualificar, podemos falar de uma eventual saída», referiu.
A Rússia está, neste momento, no segundo lugar do Grupo 4 da fase de qualificação, atrás da Alemanha, mas com menos um jogo realizado. Os primeiros classificados de cada grupo garantem a qualificação directa, enquanto os oito melhores segundos jogam um play-off para as últimas quatro vagas.