15 de Abril de 1989, Estádio de Hillsborough, seis minutos da primeira parte do jogo entre o Liverpool e Nottingham Forest, uma meia-final da Taça e a trágica interrupção. Uma avalanche humana assola a bancada, o pânico instala-se num estádio sobrelotado. No relvado, 96 mortos e 766 pessoas feridas. Esta quarta-feira assinalam-se vinte anos sobre uma das maiores tragédias do futebol inglês.
As regras mudaram, a partir daí, na pátria do futebol. Acabaram-se as vedações, as redes e as grades. Todos os espectadores têm direito a lugar sentado. A paixão é controlada, o apoio é moderado, desde então. Foi Hillsborough que provocou toda a mudança, que obrigou à remodelação e modernização dos estádios ingleses.
O relatório Taylor, o balanço do desastre, culpou a polícia e não só os adeptos. O estádio estava no limite da capacidade, muitas pessoas forçaram a entrada e a polícia não foi capaz de as encaminhar ou separar, para evitar os atropelamentos. Um primo de Gerrard morreu logo aí, tinha o actual capitão do Liverpool dez anos. Desde então, Stevie decidiu dedicar a sua vida ao clube red, como forma de honrar o familiar que partiu a fazer o que mais amava: ver futebol, apoiar o seu clube de coração.
Cumprem-se precisamente vinte anos sobre o desastre de Hillsborough esta quarta-feira. A cidade de Liverpool e o clube inglês têm agendadas uma série de homenagens às vítimas. As memórias estão sublinhadas a vermelho na história do futebol.
O relato do dia da tragédia na BBC

Veja um video de tributo às vítimas de Hillsborough