Não foi uma entrada, mas uma saída de carrinho. A história tem como personagem principal José Mourinho e remonta ao jogo entre o Chelsea e o Bayern Munique em 2005. O técnico português (que estava suspenso) terá saído do balneário do Chelsea escondido num carrinho de lavandaria para fugir aos responsáveis da UEFA. A revelação é feita pelo jornal «The Times» com base em fontes do balneário da equipa londrina.
O treinador português estava suspenso após ter alegado que o árbitro Anders Frisk tinha tido a visita de Frank Rijkaard no intervalo do jogo entre o Barcelona e o Chelsea. O «Special One» foi suspenso pela UEFA e impedido de ir aos balneários na eliminatória com os alemães. Passados dois anos fica a saber-se que Mourinho, supostamente, esteve escondido no balneário do Chelsea para dar indicações aos seus jogadores e terá utilizado esta solução digna de um filme de Hollywood para escapar aos oficiais da UEFA.
Mourinho nem terá esperado pelos jogadores no final do jogo, que o Chelsea venceu por 4-2, porque já estaria escondido dentro de um dos carrinhos. O técnico terá sido ajudado a sair pelo staff do balneário e voltou para o Chelsea Village Hotel, onde terá passado a noite.
De acordo com o diário inglês, os responsáveis pelo balneário de Stamford Bridge terão confirmado a história, que não revelaram antes por «lealdade a José Mourinho». O técnico arriscou uma sanção sem precedentes se tivesse sido apanhado sendo que a UEFA só irá agir se receber uma acusação formal. «Foi um episódio de crise que é melhor para toda a gente esquecer», referiu William Gaillard, director de comunicação da UEFA.
Na altura, falou-se num suposto aparelho escondido no gorro de Rui Faria que o preparador físico teria utilizado para falar com José Mourinho. O técnico estava proibido de ir para o banco e de comunicar com os jogadores e o próprio adjunto Baltemar Brito afirmou na altura que o treinador nem ia ao estádio.
Na sua biografia Mourinho explicou como mandou mensagens para o banco em situação idêntica na meia-final da Taça UEFA com a Lazio, em 2002/03, o que alimentou ainda mais a imaginação dos media ingleses na altura.
Chelsea diz não houve qualquer problema
O Chelsea reagiu em comunicado à notícia, afirmando que está tudo muito claro e que não houve qualquer problema nesse jogo. «A situação é muito clara. Ambos os jogos foram controlados pela UEFA e eles estavam mais do que satisfeitos nas duas noites pelas suas regras terem passado intactas, o que revelam os comunicados da UEFA divulgados na altura. A única razão para publicar isto antes de um grande jogo é para tentar enervar a nossa equipa», refere o comunicado.