O presidente da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), Carlos Ribeiro, explicou esta quinta-feira a sua presença na homenagem ao árbitro Olegário Benquerença, promovida pela Associação de Futebol do Porto. Para o dirigente, a questão está a ser discutida em demasia, uma vez que o acto estava planeado de há um tempo a essa parte.

«Vocês estão a colocar o porquê do acto, porque houve um jogo que não correu bem, mas tanto quanto sei, a homenagem já estava prevista há muito tempo e não me parece que o timing escolhido tenha algum intuito escondido. Eu estive presente na homenagem com gosto. Foi a seguir ao Portugal-Chipre e não antes do V. Guimarães-Benfica. Comungo das palavras do Vítor Pereira sobre o assunto. Estamos cá para fazer bem ao futebol», explicou Carlos Ribeiro, à margem da Gala dos 100 anos da AFL.

O dirigente foi ainda questionado se a tomada de posição iria contra a opinião do Benfica, um dos clubes associados e lembrou que a AFL tem de seguir as suas linhas orientadoras: «A AFL, assim como eu enquanto presidente, não pode fazer críticas momentâneas sobre actos momentâneos. Trabalhamos com uma perspectiva mais ampla de equilíbrio e isenção relativamente a todas as organizações. É evidente que comungo também da preocupação do Benfica sobre a ética e razões de verdade desportiva. Isso não quer dizer que por causa de um jogo que correu mal tenhamos de vir a público defender um clube.»

«A Federação não é uma monarquia»

Carlos Ribeiro falou ainda de uma eventual candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futefol, sucedendo a Gilberto Madaíl. O presidente da AFL optou por desvalorizar o tema. «A Federação não é uma monarquia. Não existem sucessores. O Dr. Gilberto Madaíl é o presidente e o cargo não está em leilão, nem sequer estão marcadas eleições», lembrou, antes de referir que o problema sobre a utilidade pública da Federação poderá ser resolvido a «curto prazo» se todas as partes se debruçarem sobre o assunto.