O Óquei Barcelos recebeu e venceu o FC Porto no segundo “round” da final da Liga (3-1). Na noite desta quarta-feira, numa «Catedral» com cerca de dois mil adeptos, os campeões europeus decidiram a contenda no prolongamento e empataram a série (1-1).
De recordar que os portistas não vencem em Barcelos desde junho de 2022, encaixando o quinto duelo sem sorrir.
Recorde o desenrolar deste duelo.
Numa primeira parte geralmente equilibrada – e tensa – os guarda-redes Malián e Conti agigantaram-se para travar os ataques. De parada e resposta, os dragões beneficiaram de um livre direto (13:55 minutos), depois de Miguel Vieira ver o cartão azul. Todavia, Conti desviou o «míssil» de Gonçalo Alves.
De notar que guardião do Barcelos atingiu as 14 defesas consecutivas em livre diretos nestes play-offs, continuando sem sofrer golos nestas situações.
Pouco depois, a 10:12 minutos da buzina, os anfitriões beneficiaram de um penálti, mas Luís Querido viu Malián desviar o esférico.
Até ao intervalo, o desequilíbrio nas transições foi compensado pelos guardiões, que se agigantaram.
Querido a abrir, Gonçalo a gelar
Estavam decorridos 2:30 minutos da etapa complementar quando Luís Querido reforçou a festa na «Catedral». Do meio-campo, o capitão do Barcelos aproveitou a desorganização na defesa contrária para contrariar o muro de Malián.
Terminada esta fase de ascendente – com o guardião portista em evidência – foi a vez de Gonçalo Alves delinear a resposta. Ainda assim, Conti revelou-se suficiente para desviar os sucessivos remates, levando o capitão do FC Porto ao desespero.
Até aos derradeiros segundos, o Óquei remeteu-se à defesa, determinado a resistir. Por sua vez, Ricardo Ares retirou o guardião Malián. Ora, o risco do timoneiro portista compensou, uma vez Gonçalo Alves encontrou espaço, pela direita, para atirar ao ângulo superior esquerdo da baliza de Conti.
Restavam 46 segundos para a buzina e estava desfeita, por fim, a muralha do gigante argentino. Pela primeira vez nesta noite, a «Catedral» foi silenciada.
Prolongamento sorri à casa
Numa fase dominada pelo Óquei, Edu Lamas cometeu falta a meio-campo e viu cartão azul. Por isso, Miguel Rocha não se fez rogado e superou Malián, devolvendo a vantagem aos anfitriões (2-1).
Estavam decorridos dois minutos da primeira parte do prolongamento quando Miguel Rocha atingiu os 52 golos no campeonato, reforçando a liderança entre os “artilheiros”.
Na etapa complementar, o FC Porto pressionou, mas sem efeito. Até porque Conti continuou a acumular defesas – uma das melhores noites na carreira do argentino de 27 anos.
Dentro do derradeiro minuto – quando Ricardo Ares voltou a retirar Malián – Manrubia aproveitou a baliza despida para selar o triunfo (3-1).
Assim, o Óquei Barcelos garantiu o Jogo 4 e empatou a final (1-1). O terceiro “round” está agendado para a tarde de domingo (18h), no Porto. Na próxima quarta-feira (21h) há novo duelo em Barcelos.
Se necessário, o Jogo 5 está agendado para 29 de junho (18h), na arena do FC Porto.