O Benfica voltou a bater o FC Porto em casa, desta vez com um emocionante 5-3, e o título de hóquei em patins ficou adiado para um quinto jogo, a «negra», marcado para a próxima quarta-feira. Depois de uma primeira parte com apenas um golo para cada lado, marcada pela expulsão de Nicolía nos instantes finais, os visitantes acabaram por perder o equilíbrio na sequência de um cartão azul a Xavier Malián e, a partir daí, os encarnados tomaram conta do jogo, passaram para a frente do marcador e garantiram o triunfo que lhes permite continuar a lutar pelo título.

Os três primeiros jogos já tinham sido muito competitivos, mas neste quarto estava, pela primeira vez, em cima da mesa, uma possível decisão do título. Talvez por isso, as equipas abordaram o jogo de forma um pouco mais conservadora, dando prioridade ao equilíbrio defensivo, com muitos remates de média distância, sempre com, pelo menos, três jogadores atrás da linha da bola. Carlos di Benedetto foi o primeiro a colocar Pedro Henriques à prova, mas Xavi Malián também teve de se aplicar para travar um remate da esquerda de Gonçalo Pinto.

O equilíbrio foi nota dominante nos primeiros minutos, mas com o FC Porto mais aguerrido na luta pela posse de bola, ao ponto de ter somado cinco faltas nos primeiros cinco minutos, contra apenas uma do Benfica. A verdade é que o ritmo foi crescendo, as transições, de parte a parte, tornaram o jogo mais rápido e foi em velocidade que o FC Porto chegou à vantagem, aos quinze minutos, com um golo de Gonçalo Alves.

O jogo aqueceu e os visitantes acabaram por chegar às dez faltas a dois minutos do intervalo, permitindo a Nicolía empatar o jogo, na marcação do consequente livre direto, com o argentino a bater Malian com um remate direto. Depois houve confusão. Nicolía e Reinaldo Garcia embrulharam-se, viram os dois cartões azuis, mas o argentino contestou, ao que tudo indica, com palavras pouco simpáticas para o árbitro e acabou por ser expulso com vermelho direto.

O intervalo chegava com as duas equipas reduzidas a dez, mas o Benfica tinha ainda mais quatro minutos para cumprir, face à expulsão do argentino, numa altura em que se notava forte contestação das bancadas dirigidas aos representantes da federação. No momento em que Gonçalo Pinto se preparava para regressar ao jogo, o FC Porto recuperou a vantagem com um remate de Gonçalo Alves do meio da rua.

Malián fora e Benfica vira o jogo

O FC Porto chegou rapidamente às quinze faltas e o Benfica voltou a empatar 2-2 no consequente livre direto, desta vez convertido por Pablo Álvarez. Depois aconteceu o lance fulcral deste jogo. Novo livre direto para o Benfica, Pablo Álvarez permitiu a defesa de Malian, mas depois o guarda-redes espanhol fez falta, viu o cartão azul e permitiu ao Benfica virar o resultado na consequente grande penalidade, convertida por Diogo Rafael, já com Tiago Rodrigues na baliza.

O FC Porto perdeu o norte e num ápice o Benfica aumentou a vantagem para 4-2, com novo golo de Pablo Álvarez a passe de Gonçalo Pinto. Tiago Rodrigues ainda se estava a adaptar à baliza e, num ápice, consentiu dois golos. Xavi Barroso ainda reduziu a diferença para apenas um golo (4-3), na sequência de um grande trabalho de Gonçalo Alves, mas nesta altura o Benfica, apoiado pelos seus adeptos, já estava claramente por cima do jogo e Pol Manrubia fez o 5-3 logo a seguir a passe de Diogo Rafael.

Estava tudo decidido, com os minutos a correrem céleres para o final, mas os últimos instantes ainda foram frenético, com Benedetto a atirar uma bola ao poste e ainda com Pablo Alvarez e Benedetto a desperdiçarem livres diretos.

Não houve mais golos, mas vai haver mais um jogo, a «negra», na próxima quarta-feira (20h00), no Arena Dragão.