O Benfica venceu o Sporting no primeiro jogo do play-off da final do campeonato de hóquei em patins, no prolongamento, por 4-2, depois de um empate 2-2 no final do tempo regulamentar. A equipa a casa entrou melhor, esteve a vencer por 2-0, mas permitiu a reviravolta dos leões que obrigaram a mais dez minutos de forte intensidade. O experiente Carlos Nicolía acabou por ser determinante com um «bis» na etapa complementar.

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Mais um dérbi com extrema intensidade, com o Benfica a apanhar embalo com o forte apoio das bancadas para uma entrada forte diante de um leão que, em teoria, apresentava-se mais fresco. A verdade é que foi a equipa da casa que entrou com tudo, deslizando em velocidade em todo o campo e visando a baliza de Ângelo Girão de todos os lados.

O Sporting demorou a entrar no ritmo e o Benfica adiantou-se no marcador, aos 5 minutos, com Roberto di Benedetto a passar por trás da baliza de Ângelo Girão e a marcar praticamente de costas para a baliza. Logo a seguir Toni Perez viu o primeiro cartão azul do jogo, mas Lucas Ordoñez não conseguiu converter o consequente livre em golo, nem à primeira, nem à segunda tentativa, uma vez que o livre foi repetido.

Nesta altura, Ângelo Girão, com defesas espetaculares, já era a figura do jogo, com o Sporting em continuo sofrimento, com novo cartão azul, agora a Matias Platero, por simulação, a deixar novamente os leões em inferioridade numérica em campo. Na marcação do livre, agora por Carlos Nicolía, o guarda-redes do Sporting voltou a ser decisivo, mas logo a seguir o Benfica chegou ao segundo golo. Remate tenso de Carlos Nicolía da direita com Pablo Álvarez a desviar no ar para a baliza. Bola ao centro e Gonçalo Pinto podia ter feito o terceiro logo a seguir.

Só depois é que o Sporting começou a entrar no jogo. Passado o vendaval encarnado, os leões, nesta fase com mais bola, começaram a criar oportunidades atrás de oportunidades, aproveitando o momento em que o rival recuperava o fôlego. Os leões reduziram mesmo a diferença com um golo polémico. Um remate fortíssimo de Alessandro Verona que a bola foi às redes e saiu com a mesma velocidade, dando a sensação que tinha ido à barra. Mas foi mesmo golo.

Os leões continuaram a crescer diante de um Benfica em dificuldades que se multiplicava em faltas para travar o adversário e chegou mesmo às seis antes do intervalo, o dobro das que o Sporting tinha.

A segunda parte começou ainda mais intensa, com oportunidades claras nas duas balizas. Ângelo Girão fez mais uma defesa impossível, mas Pedro Henriques também brilhou com uma dupla defesa a remates de João Almeida. O Sporting acabou por chegar ao empate, a pouco mais de cinco minutos do final, com um remate de Nolito sobre a esquerda, numa altura em que havia um registo de oito faltas para cada lado.

O Benfica ainda chegou a festejar o 3-2, com um alegado desvio de Gonçalo Pinto junto ao poste, mas os árbitros, depois de uma curta conferência, acabaram por chegar à conclusão de que o jogador do Benfica tocou a bola com os patins e o golo foi invalidado. Mesmo a acabar o tempo regulamentar, Nolito quase decidiu o dérbi a favor do Sporting, com um remate ao ferro.

As duas equipas foram para prolongamento com um empate 2-2 e ambas no limite das faltas, nove para cada lado. A primeira parte do tempo extra foi, assim, disputada sem grandes riscos, uma vez que uma falta podia decidir o dérbi. O intervalo chegou em dois tempos e o jogo acabaria por ser resolvido no segundo tempo.

Os leões acabaram por chegar às dez faltas e, desta vez, Carlos Nicolia atirou a contar, com um remate direto. Logo a seguir, Matias Platero voltou a ver um cartão azul, novamente por simulação, e o Nicolia voltou a marcar. Estava feito, 4-2.

O Benfica parte, assim, em vantagem para o play-off do título. O próximo jogo é já no domingo, no Pavilhão João Rocha.