A visita do Vaslui a Alvalade tem «um significado muito especial» para Hugo Luz, reconhece o próprio. Jogador do emblema romeno há três anos e meio, o português não esconde a satisfação de, pela primeira vez, defrontar uma equipa do seu país. O jogo com o Sporting dá-lhe ainda a oportunidade de reencontrar Domingos Paciência, com quem trabalhou na equipa B do F.C. Porto.

«Não era o treinador principal, mas trabalhei com ele e com o actual adjunto, o Prof. João Carlos. Já se via que Domingos ia ser bom treinador. E com o trabalho que fez em Leiria, Coimbra e Braga, está comprovado que é um treinador de alto nível», disse Hugo Luz ao Maisfutebol.

A regressar à competição após um problema no gémeo, o lateral esquerdo está convocado para o jogo de Lisboa, mas ainda não sabe se joga. «Espião» privilegiado do Vaslui, o jogador português defende que este Sporting vale pelo colectivo: «Pelo que tenho visto são muito rápidos nas laterais. Nas épocas anteriores era mais individualidades. Antigamente falava-se mais do Liedson. Agora todo o ataque é forte, e têm o ponta-de-lança que tem marcado golos.»

Ainda que o Vaslui também atravesse um bom momento (cinco jogos sem perder), Hugo Luz não hesita em dizer que «o Sporting é favorito». «Tem tradição na Europa, enquanto que o Vaslui é um clube desconhecido. Vamos tentar fazer o melhor na prova. Qualquer ponto pode ajudar. A vitória seria boa, mas eu assinava o empate. Não sei se alguma equipa vai ganhar a Alvalade. A Lazio não conseguiu. O empate não era mau», acrescentou.

O jogador algarvio queixa-se que «o ano de 2011 está a ser mau», mas reconquistar o lugar na equipa. «Estive seis meses em Portugal, a recuperar de uma pubalgia. Quando voltei fui opção, mas depois lesionei-me novamente, no gémeo», conta o defesa, que ainda assim sente-se feliz no clube que representa desde 2008. «Estou a gostar. O Vaslui tem crescido de ano para ano, e já foi à final da taça. Tem uma experiência muito positiva, do ponto de vista desportivo e financeiro.»

Com 29 anos, Hugo Luz não faz planos para o regresso a Portugal, até por estar ligado ao Vaslui por mais duas épocas, mas lembra que «no futebol nunca se sabe o que pode acontecer».