As saudades que eu já tinha da minha alegre vitoriazinha tão longínqua que quase esqueceu. Meu Deus como é bom ganhar e três pontos conquistar, para o 12.º lugar alcançar! A música «Casinha» -devidamente adaptada -, dos Xutos & Pontapés, passou nas colunas do estádio antes de começar o encontro e facilmente se adapta ao sentimento de jogadores, equipa técnica e adeptos. Nove jornadas depois, o Gil Vicente regressou às vitórias!

Sandro Lima foi a figura do encontro ao marcar os dois golos dos barcalenses e a dar um novo sorriso aos barcelenses. O Marítimo chegou a Barcelos sem ambição e saiu sem qualquer ponto. Nuno Manta apostou no empate e saiu-se mal. Depois de ter travado o, até então, líder da I Liga, os insulares voltam às derrotas.

O início da partida foi dividido. As duas equipas entraram decididas em marcar primeiro para poder descansar à sombra da vantagem. Contudo, as ocasiões de perigo eram poucas. Com o passar do tempo, os barcelenses foram assumindo o controlo e começaram a encostar os insulares lá atrás.

Baraye teve por duas vezes o golo no pé e na cabeça. Mas mostrou que a pontaria não estava afinada. Aliás, esse tem sido o principal obstáculo para os galos, além das lesões – o Gil Vicente tem seis jogadores lesionados. O intervalo chegou rapidamente e o Marítimo foi mais satisfeito para o descanso do que os gilistas.

Na segunda metade, o jogo manteve a mesma linha dos últimos minutos o primeiro tempo. Os gilistas continuaram a mandar e a encostar o Marítimo às cordas. Aliás, só muito esporadicamente é que a turma insular conseguia passar o meio campo. Bambock, de bola parada, esteve perto de marcar e deixar um sabor a injustiça no Estádio Cidade de Barcelos.

Vítor Oliveira mexeu. Alargou a frente de ataque, colocando Naidji ao lado de Sandro Lima. Acabou premiado. Henrique Gomes foi rasteirado na área e o ponta de lança brasileiro converteu a grande penalidade em golo. A equipa ganhou confiança e alegria e rapidamente chegou ao segundo. Sandro Lima mostrou estar inspirado e voltou a fazer o gosto ao pé. A festa foi muita e todos respiraram de alívio. Nove jogos depois o Gil Vicente regressou às vitórias.