Vítor Oliveira, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após derrota por 2-1 frente a Famalicão

«Este resultado pode ser observado de duas formas. Pelo lado do futebol, o Famalicão não tem culpa, fez dois golos e venceu.  Não há vitórias injustas no futebol. Nos só temos de nos penalizar pela falta de eficácia.

A outra forma de observar o resultado, é que o mesmo está deturpado com erros grosseiros. No lance que dá o canto do primeiro golo, há um pontapé na cara do Fernando e não marcou falta. Depois temos um penálti que é perfeitamente evidente. Quem não consegue ver aquele penalti não pode apitar. Não podemos ter medo das palavras.

Andamos sempre à procura da verdade desportiva e falseamos sistematicamente e não é só com o Gil Vicente. Eu acredito que seja incompetência. Nunca sacudi água do capote, ando aqui há muitos anos. Não posso aceitar que o Gil Vicente, que é um clube de bem, não seja respeitado por todos os agentes desportivos deste país. Amanhã vou discutir com o presidente a continuidade à frente do Gil Vicente.

Fui expulso porque terei dito coisas que não devia, mas durante os 90 minutos, com o calor do jogo, dizemos coisas que não devemos. Mas essas situações só aconteceram porque o penálti é tão evidente que não é compreensível. Depois com a presença do VAR pior ainda.

O árbitro devia ter uma visão fantástica e ser um bocadinho surdo, pelo menos durante os 90 minutos. Era benéfico para o futebol se o árbitro visse melhor e ouvisse pior

O futebol português precisava de uma limpeza grande e que as pessoas assumam as responsabilidades. Fui expulso porque me excedi verbalmente, mas isso não tem influência na verdade desportiva. Já as decisões do VAR custam pontos aos clubes e muitas vezes valem descidas.

O Gil Vicente quer lutar com as mesmas armas que na generalidade dos clubes. Não podemos passar ao lado desta situação porque o penálti é tão evidente dentro de campo que no vídeo-árbitro é ainda mais. Agora vão chegar com a questão da intensidade, daquelas tretas para enganar parolos, mas nós não somos parolos e andamos aqui há muitos anos.».