Famalicão e Santa Clara não saíram do nulo nem satisfeitos da 26.ª jornada da I Liga. Os famalicenses falharam o distanciamento dos lugares de descida e os açorianos desperdiçaram a oportunidade de se juntarem ao comboio europeu. Já os adeptos tiveram emoção, mas faltaram os golos... ou talvez não!

Numa partida em que houve dois golos anulados pelo VAR, um para cada lado, as equipas tiveram de dividir os pontos. A formação local estive melhor no primeiro tempo, enquanto a turma insular esteve por cima no segundo tempo. Por isso, a divisão de pontos acaba por se ajustar.

Assim, o Santa Clara continua sem perder no Minho e vai na quarta jornada consecutiva a pontuar. Os minhotos, depois do desaire na ronda anterior, voltam a conquistar um ponto, chegando aos 27.

Equipa que perde… não se mexe!

As duas equipas chegavam a esta partida mais confortáveis na tabela – ambas estiveram nos lugares de descida – e em perspetiva estava um bom jogo de futebol. Os famalicenses perderam na ronda anterior, em casa do Vitória, depois de uma série de três triunfos consecutivos. Talvez por isso, Rui Pedro Silva apostou no mesmo onze de Guimarães, ele que continua sem poder contar com os lesionados Diogo Figueiras, Rúben Lima, David Tavares, Ivo Rodrigues, Alex Nascimento e Iván Jaime.

Já para os açorianos, depois da tempestade, veio a bonança. A formação orientada por Mário Silva só perdeu um dos últimos oito jogos – no Estádio da Luz – e vinha de um triunfo caseiro frente a Vizela. Ainda assim, Mário Silva trocou três peças no onze. Mansur, Morita e Rui Costa entraram para os lugares de Paulo Henrique, Mohebi e Allano.

O Santa Clara foi a primeira equipa a rematar à baliza, mas a primeira metade pertenceu toda ao Famalicão e até conseguiu balançar as redes. O relógio ainda não tinha chegado aos dez minutos e já Bruno Rodrigues marcava, após boa jogada coletiva. Contudo, no início da jogada, João Carlos Teixeira arrancou de posição irregular e o golo foi anulado pelo VAR.

Pouco depois, após canto, Batubinsika acertou no poste - na parte exterior. Mário Silva não gostava do que via e não parava de gesticular no banco e de dar indicações à equipa. Os efeitos práticos eram poucos, já que continuava a ser o Famalicão a estar mais perto de marcar. Bruno Rodrigues, uma vez mais, e De La Fuente, por duas vezes, ficaram perto de desfazer a igualdade, mas não passou de uma ameaça.

Alterações resultaram

O técnico dos açorianos provou não estar a gostar da exibição da equipa, lançando três jogadores para a segunda parte. Saíram Mansur, Nené e Ricardinho e entraram Paulo Henrique, Anderson Carvalho e Óscar Barreto. Mas as coisas não resultaram como Mário Silva queria e, 15 minutos depois, estava a mexer novamente na equipa.

Os açorianos começaram a ter mais bola e deixaram os locais intranquilos. Crysan deu o primeiro aviso ao rematar rente ao o poste, após perda de bola famalicense. Os da casa não conseguiam reagir e apanharam um valente susto quando Rui Costa apareceu isolado a rematar para o fundo das redes. No entanto, tal como na primeira parte, o VAR invalidou o golo.

Respondeu Rui Pedro Silva desde o banco, passando a linha defensiva de três para quatro homens, e reforçando a frente de ataque. Logo de seguida, mais três alterações de uma assentada, fazendo o assalto final à baliza açoriana. As cartas estavam lançadas para os minutos finais. Quem iria levar a melhor na dança dos bancos?

Ninguém! Até ao final, apenas registo para uma ocasião para cada lado. Crysan aqueceu as mãos a Luiz Júnior com uma bomba de fora da área; Jhonder cabeceou completamente solto para defesa por instinto de Marco. A divisão de pontos acaba por se ajustar.