Um golo de Simon Banza em cima do minuto 90 valeu ao Famalicão o 8.º lugar na I Liga, um salto de cinco posições, e impediu que Carlos Carvalhal atingisse os tão desejados 68 pontos, que valia a terceira melhor classificação de sempre do Sp. Braga.

A formação arsenalista foi para o intervalo a vencer por 2-1, mas permitiu a viragem nos últimos dez minutos. E, assim, continua a malapata em Famalicão: os guerreiros nunca venceram no reduto dos vizinhos em jogos para o campeonato!

Ricardo Horta atingiu a marca histórica de 93 golos pelos bracarenses, abrindo o marcador. Vitinha ampliou e, antes do descanso, Banza reduziu. Na etapa complementar, Bruno Rodrigues chegou ao empate e o avançado francês bisou e deu o triunfo. Num jogo vivo, que nem parecia de fim de época, as coisas não terminaram da melhor forma, com os jogadores, no final da contenda, a envolverem-se em cenas pouco dignas.

Sp. Braga entrou melhor

Com os objetivos principais alcançados, as duas equipas lutavam por objetivos intermédios. O do Famalicão era conquistar os três pontos para saltar do 13.º lugar para o 8.º. Já o Sp. Braga tentava alcançar a terceira melhor classificação da sua história e só atingindo os 68 pontos é que o conseguia.

Ambas as formações chegavam a esta partida depois de vencerem o jogo anterior. O Famalicão venceu o Belenenses e, para este encontro, Rui Pedro Silva trocou três jogadores. Saíram Luiz Júnior, Ivo Rodrigues e Jhonder e entraram Zlobin, Bruno Rodrigues e Banza.

Os guerreiros, que haviam batido em casa o Arouca por 1-0, também fizeram três mudanças no onze. Hornicek estreou-se na baliza bracarense em jogos da I Liga e Fabiano e Diogo Leite regressaram à titularidade, atirando para fora Matheus, Tormena e Yan Couto.

E o Sp. Braga não podia ter começado melhor. Ricardo Horta entrou na história ao apontar o golo 93 com as cores arsenalistas. O avançado rematou em jeito, abriu o marcador e deixou o recorde de Mário Laranjo para trás. Os locais sentiam muita dificuldade em construir jogo e, com alguma facilidade, os bracarenses recuperavam o esférico.

Por isso, foi com naturalidade que os guerreiros chegaram ao segundo. Cruzamento milimétrico de André Horta e Vitinha a ir ao terceiro andar cabecear para golo. Antes disso, já Zoblin tinha negado o golo a Rodrigo Gomes.

Aos poucos, os famalicenses foram-se soltando e ameaçando as redes à guarda de Hornicek. Bruno Rodrigues foi o primeiro a ameaçar, antes de servir Banza para o golo. Cruzamento da esquerda e o avançado francês a cabecear para golo. Ainda antes do descanso, Bruno Rodrigues disparou uma bomba à entrada da área para excelente defesa de Hornicek.

Reação famalicense

No reatamento, o Famalicão entrou cheio de vontade de chegar à igualdade e esteve perto mais do que uma vez. Valeu a boa exibição de Hornicek. Primeiro, o guarda-redes checo fez bem a mancha a Banza; logo de seguida, parou o excelente remate de Pêpê.

Carvalhal percebeu que a equipa estava a recuar e mexeu, tentou colocar um tampão no meio campo, trocando André Horta por Castro. Rui Pedro Silva respondeu e colocou mais jogadores de tração à frente para o assalto final à formação bracarense.

Contudo, continuou a ser o Famalicão a estar melhor e acabou por chegar à igualdade a dez minutos do fim. Após canto, Bruno Rodrigues apareceu ao primeiro poste a cabecear para golo. Com a igualdade, Carvalhal abandonou os três centrais e arriscou chegar à vitória.

Mas o triunfo acabou por cair para os da casa. Os suspeitos do costume fabricaram o golo que valeria o 8.º posto aos famalicenses. Cruzamento da esquerda de Bruno Rodrigues e Banza, com um cabeceamento certeiro, a dar os três pontos.