Um a um, em passo tranquilo, os jogadores chegavam ao aeroporto Sá Carneiro e seguiam de imediato para a zona de embarque. Mudos, sem dizer palavra. Vítor Baía, McCarthy, Derlei, César Peixoto. Todos pediam desculpa, mas sublinhavam que estavam proibidos de fazer qualquer declaração. O único a furar este bloqueio foi Ibarra. O que de pronto causou algum mal-estar entre a comitiva.
O argentino não fez mais, porém, do que emitir uma duas frases. Em passo rápido e sem lugar a muitos rendilhados. «Estamos a trabalhar bem», dizia. «O treinador gosta de trabalhar muito». Nisso não se nota, portanto, qualquer diferença em relação a Mourinho.
A segunda pergunta questionava Ibarra sobre as perspectivas para o futuro. Numa altura em que tanto se fala de um muito provável regresso do lateral-direito à Argentina, Ibarra preferiu contudo uma resposta mais diplomática. Uma resposta que não dissesse nada mas também não comprometesse o jogador perante a administração. «Tenho mais um ano de contrato e espero fazer uma boa época», referiu.