O Belenenses garantiu a manutenção na última jornada, subiu ao sexto lugar e até já pensa terminar no quarto, com ou sem liguilha à vista. Marco Paulo, antigo jogador, liderou a equipa do Restelo após a saída de José Mota, ainda não sabe se vai continuar no comando na próxima época, mas gostaria.

«Foi um sentimento de dever cumprido. Os mínimos era alcançar a manutenção, que era uma coisa que buscávamos há algum tempo. Queríamos alcançá-la o mais rapidamente, foi possível nesta jornada que passou e estamos felizes por isso», contou o técnico dos azuis, nesta terça-feira, por ocasião da visita ao Estoril Open.

Marco Paulo pegou no Belenenses à 19ª jornada e há seis jogos consecutivos que a equipa não perde, somando os necessários pontos para a tranquilidade. O treinador reconheceu que até «foi fácil», devido ao empenho de todos.

«Era uma altura em que a equipa estava numa posição complicada, mas foi fácil porque houve da parte do plantel e de toda a estrutura um apoio grande e uma união em torno deste objetivo. E isso facilitou muito», enalteceu.

Marco Paulo gostava de continuar

Definido o futuro do Belenenses na II Liga, sobra a indefinição sobre o seu. «Já tinha tido uma experiência como jogador-treinador no Estoril, esta é a segunda, felizmente com resultados positivos, agora é olhar para o futuro. (...) Tenho contrato até ao final da época, foi isso que foi falado, vamos pensar nestes dois jogos e teremos tempo para pensar. Para já não [fui abordado para renovar], mas o meu desejo é continuar como treinador», assumiu Marco Paulo.

Enquanto isso não acontece, há dois jogos «para tentar ganhar e obter a melhor classificação possível», lembrou o técnico. «É melhor ficar em quarto que em quinto, em quinto que em sexto, se puder ser o quarto melhor», defendeu, sem querer fazer contas à existência de uma liguilha no final da temporada: «O próximo jogo é que é importante.»

Quanto à atual situação do futebol português, espoletada pela U. Leiria, Marco Paulo gostaria que se aproveitasse «para resolver de uma vez por todas estes problemas». «Responsáveis? Somos todos porque já andamos aqui há muitos anos e continuam a verificar-se. Penso que é a altura ideal para o fazer», considerou.

No próprio Belenenses as dificuldades «são públicas», mas, no entender do treinador, a postura de quem manda tem sido diferente. «Tem havido da parte da direção, nomeadamente do presidente [António Soares], a vontade de estar perto da equipa, de ir resolvendo as situações e dar a cara que também é importante, para saber que as coisas estão a ser tratadas.»