O regresso de Ola John, a exibição e João Carvalho e um pontapé de Gedson. Três fatores que se aliaram nesta manhã no Seixal, onde o Benfica B recebeu e venceu o FC Porto B, na última jornada da II Liga.

Decisivo para os encarnados, que procuravam assegurar a permanência no segundo escalão, este mini-clássico teve logo motivo de interesse mesmo antes do primeiro pontapé.

Ola John estreou-se na temporada, depois de um ano sem jogar e ao fim de três anos sem vestir a camisola encarnada: a última vez tinha sido em Aveiro, frente ao Arouca, numa derrota por 1-0 da equipa de Rui Vitória.

Enquanto os dragões estavam tranquilos e vinham de uma conquista europeia sobre o Arsenal, as águias queriam ficar a salvo de uma despromoção e nada melhor do que assegurá-la ela própria do que ficar dependente de terceiros. Talvez por isso tenha vindo em ajuda Diogo Gonçalves e João Carvalho, este último com uma exibição determinante.

Depois de uma primeira fase bastante equilibrada, com Benfica e FC Porto a ameaçarem as balizas contrárias – houve um remate ao poste para cada lado – a visão de João Carvalho desequilibrou. Um passe a isolar Ola John permitiu ao holandês escapar aos centrais e perante Diogo Costa fazer o 1-0. John voltou a sorrir.

Ora, o golo provocou uma ligeira alteração no encontro. O Benfica superiorizou-se durante alguns minutos e nessa etapa a partida teve sentido quase único.

Romário Baró tinha sido a principal figura do FC Porto, mas uma fase de menor fulgor retirou alguma acutilância aos dragões na frente. Mas como as águias não aumentaram a diferença nesse período, os azuis e brancos voltaram ao jogo.

Primeiro, com um remate à trave, depois com o benefício de uma grande penalidade. Rui Moreira atirou ao poste, porém, conferindo de algum modo justiça ao lance - a bola tinha batido na cara de Simon Ramirez e não na mão.

Em poucos minutos, o jogo iria ficar resolvido. Porque entre esse penálti falhado e o 2-0 passou pouco tempo de jogo, embora houvesse o intervalo pelo meio. Logo a abrir a segunda parte, Gedson Fernandes roubou uma bola perto da área portista, ganhou tempo e espaço e de pé esquerdo bateu Diogo Costa.

O FC Porto assumiu, então, a posse de bola. Esse índice era maior para o Benfica ao intervalo, mas os azuis e brancos inverteram-no por completo. Porém, Romário Baró não aguentou o esforço e as águias assumiram-se como perigosas em contragolpe. Ameaçaram duas vezes e à terceira fizeram o 3-0, mesmo a terminar um encontro que serviu ainda de despedida ao treinador Hélder Cristóvão.