O Leixões apresentou uma queixa junto da FIFA contra o Maiorca exigindo o pagamento de 100 mil euros em falta da transferência de Bruno China, em 2009, ou a suspensão imediata do clube espanhol das provas profissionais de futebol.

Em comunicado publicado na página oficial da SAD no Facebook, o Leixões anunciou o envio de uma «exposição à FIFA, Real Federação Espanhola de Futebol e ao Juízo Mercantil de Maiorca devido ao facto de o RCD Maiorca continuar sem saldar a dívida relativa à contratação do jogador Bruno China».

Atualmente treinador adjunto de Filipe Gouveia na equipa técnica do Leixões, sexto classificado da II Liga, Bruno China transferiu-se em agosto de 2009 para o clube das ilhas Baleares «por um valor de 400 mil euros, dos quais apenas 200 mil estão pagos», sustenta o clube de Matosinhos.

Ainda segundo o comunicado, em 2010, o Maiorca, atualmente a disputar a segunda divisão de Espanha, «solicitou proteção judicial através de um concurso voluntário de credores ao qual a Leixões SAD juntou a reclamação dos 200 mil euros em dívida».

«Um ano mais tarde, um acordo de credores reduziu o passivo do RCD Maiorca a 50 por cento, pelo que a SAD leixonense ficou credora de 100 mil euros», precisa a nota, dando conta que no âmbito desse acordo o Maiorca teria de fazer «um pagamento anual de 20 mil euros entre 2012 e 2016».

Vincando que o emblema espanhol «não saldou nenhuma das prestações a que estava obrigado», o Leixões reforça que «desde 2014 que a Leixões SAD vem reclamando o que é seu por direito» sem que «haja qualquer resposta por parte do clube espanhol», cujo «último contacto aconteceu em março de 2018».

Nesse mesmo mês, o clube português deu «conhecimento às instâncias internacionais», mas quer a «FIFA quer a Real Federação Espanhola de Futebol têm feito ouvidos moucos às pretensões da Leixões SAD, permitindo que o Maiorca possa continuar a disputar campeonatos profissionais sem cumprir com as obrigações legais».

Perante aquele cenário, a «Leixões SAD pondera ainda agir judicialmente contra a Federação Espanhola e a FIFA caso o assunto não fique resolvido rapidamente».