O treinador do Arouca, Quim Machado, encontrou o Estádio Municipal de Arouca novamente encerrado, quando procurava contactar a direção do clube.

«É um dia triste. Não deixa de ser um clube que esteve quatro anos na I Liga. Foi à Liga Europa com todo o mérito, mas é triste, é triste... Isto dói. Há responsabilidades de toda a gente. Infelizmente, acontece no futebol. Há erros que se pagam caro. Há erros que se cometem e que não se podem cometer», disse o técnico, à comunicação social.

Acompanhado pelos adjuntos Marco Louçano e Hélder Moreira, Quim Machado admitiu que não ainda não conseguiu contactar direção liderada por Carlos Pinho.

«Não tenho tido contacto com os jogadores, muito sinceramente. Quanto à direção, liguei, mas não obtive resposta. Mandei e-mail, mas também tentamos compreender. Não é fácil para o presidente, para o filho, não é fácil para eles. Há que não ver só o lado negativo. Há que ver o outro lado. Somos humanos. Não é fácil descer da Liga Europa até aos campeonatos não profissionais. Dói, custa muito às pessoas que aqui injetaram muito dinheiro», referiu.

A posição do Sindicato de Jogadores

O técnico de 52 anos reforçou a tristeza pelo momento que todos os elementos estão a viver. «Como já disse, é triste para as pessoas de Arouca, porque vão deixar de ter futebol profissional, mas têm de se levantar rapidamente para o clube voltar ao patamar que merece. Queríamos resolver esta situação, mas eles [a direção] são os responsáveis e cada um é responsável pelas suas atitudes», concluiu.

Para além de Quim Machado, também Deyvison, Victor Massaia e Manuel Arteaga se deslocaram ao estádio, conforme o Sindicato de Jogadores aconselhou.

O comunicado do Arouca

Lembre-se que no último domingo o Arouca foi despromovido ao Campeonato de Portugal, após perder frente à UD Oliveirense por 2-1.