Criada há dois meses, a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Oliveirense tem como principal objetivo a subida ao principal escalão nos próximos «três anos».

Em entrevista à Lusa, o investidor e dono da SAD, Akihiro Kin, e o presidente da mesma, Nobuyuki Yamagata, afirmaram que querem restruturar o clube e criar uma empresa sustentável, com resultados desportivos e financeiros, e um potenciamento de atletas, mas, primeiro, «há que analisar o que o clube precisa e perceber os problemas» antes de apostar na subida de divisão, numa época em que o orçamento será «inflacionado».

«O mais importante é daqui a 10 anos termos um bom clube para todos, queremos criar uma empresa boa», referiu Khin.

Uma das principais ideias é ter, já na próxima época, uma equipa B. Devido à falta de espaço e condições, Khin, o principal investidor da SAD, comprometeu-se, inicialmente, com três milhões de euros para pagar o empréstimo contraído nas obras do estádio e para criar um centro de treinos, onde jovens de todo o mundo se poderão desenvolver, depois de serem selecionados através de uma «rede de prospeção a nível mundial».

«Estamos atentos à formação da Oliveirense. É importante formar jogadores, mas também é preciso ter uma equipa que mostre os frutos desse trabalho, por isso decidimos criar uma equipa B já no próximo ano. O centro de treinos pode servir como campo para essa equipa», apontou Yamagata.

Ainda no campo do scouting e desenvolvimento de talentos, a Oliveirense contratou Caio Zanardi para diretor desportivo, um homem-forte que estará ao lado da direção na busca de talentos.

«Foi treinador da seleção brasileira sub-17, esteve nos Emirados Árabes Unidos e está a trabalhar connosco desde que chegámos. Vai contratar jogadores e ser uma ponte entre a SAD e a direção, com conhecimento de uma vasta fatia do mercado do Médio Oriente e Brasil. Passamos a ter um conhecimento global do mercado que nos permite comprar, vender e conhecer mais aprofundadamente», anunciou Yamagata.

Os dois responsáveis pretendem não só dinamizar a Oliveirense, mas também a cidade de Oliveira de Azeméis.

«Queremos criar um programa com calma, bem delineado e feito passo a passo. Pode haver parcerias entre Oliveira de Azeméis e uma cidade do Japão. Se o relacionamento for bom, o futebol pode servir como uma ponte para outros relacionamentos», admitiu Khin.