O Cova da Piedade ainda não liquidou os ordenados de março, mas a situação é «pontual» e será desbloqueada «nos próximos dias», segundo explicou à Lusa uma fonte oficial do clube da II Liga.

O atraso causou apreensão entre os jogadores, mas a mesma fonte garantiu que não está relacionado com um eventual recurso ao regime de lay-off e esclareceu que o mês de março será sempre pago «na íntegra», conforme exigido pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

A SAD piedense ainda não decidiu se avança para o lay-off para fazer frente à quebra de receitas provocada pela pandemia de covid-19 e os jogadores também não foram contactados para negociar qualquer solução, de acordo com outra fonte ligada ao clube da margem sul do Tejo.

Os atletas estão dispostos aceitar um corte até 20 por cento, na condição de que os valores sejam recuperados quando voltarem à competição, mas só o farão se houver abertura da parte da administração para chegar a um acordo, o que até agora, dizem, ainda não se verificou.

Além disso, os jogadores acreditam que o lay-off não é aplicável às sociedades desportivas e garantem que não estarão dispostos a negociar posteriormente, no caso de a SAD decidir avançar unilateralmente para essa medida e esta vir a ser declarada ilegal pelas instâncias superiores.

O Cova da Piedade encontra-se nas posições de descida da II Liga, ocupando o 17.º lugar da classificação, a sete pontos do Vilafranquense, primeira equipa acima da linha de água.