O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, anunciou esta quarta-feira em Freamunde que vai acionar o fundo de garantia salarial para a maioria dos jogadores do clube da II Liga.

«Viemos cá a pedido dos jogadores dar a nossa solidariedade e esclarecê-los. Estamos a falar de três meses de salários e ficou decidido acionar o fundo de garantia salarial para a maioria deles, com prioridade aos mais carenciados, informar a Liga da situação e esperar notícias do clube», referiu Evangelista, acrescentando: «Não podemos voltar a ter um Estrela da Amadora, que andava lá em cima e os jogadores não recebiam, nem chega assumir a dívida. Ou os clubes têm condições, ou a Liga tem de encontrar soluções».

Joaquim Evangelista afirmou ainda que «há jogadores que admitem rescindir» e que «os clubes com mais dificuldades têm de ser mais controlados»: «A declaração de controlo financeiro do dia 15 de dezembro, segundo a qual os clubes têm de fazer prova que liquidaram os salários de maio a outubro, incluído, é uma boa oportunidade para a Liga controlar melhor o que se passa».

«Saio preocupado, mas com sentido de responsabilidade. Os clubes, e há mais clubes nesta situação, têm em nós um facilitador, desde que assumam as suas responsabilidades e respetivos compromissos», admitiu Evangelista no final da reunião com os jogadores do Freamunde. Além disso, indicou que a Liga deve «começar a exigir (dos clubes) os recibos de pagamento», até para «não se colocar sempre o ónus sobre os trabalhadores».