O avançado Santiago da Silva, do Sporting da Covilhã, terminou a carreira de futebolista por recomendação médica, devido a uma cardiopatia.

O jogador, natural de São Tomé e Príncipe, de 34 anos, foi submetido a vários exames médicos depois de, a 21 de dezembro último, ter perdido os sentidos, caindo sozinho no relvado do Estádio D. Afonso Henriques, em jogo da Taça da Liga.

«Disseram-me que podia continuar a praticar futebol, mas não de alta competição. Para mim, é uma situação muito difícil, porque estava confiante que ia correr bem e tinha esperança de poder continuar a jogar», expressou, em declarações à agência Lusa, admitindo que não estava mentalizado para a paragem forçada, mas que o mais importante é a saúde.

«Não estava mentalizado, porque tinha a esperança de poder continuar a jogar. Quando o fim da carreira é planeado é diferente, porque as coisas são programadas. Não foi o que aconteceu. Está difícil, mas a vida continua, a minha esposa está grávida, tenho um filho quase a nascer e o mais importante é a saúde. Gostava de continuar ligado ao futebol, mas, para já, ainda não sei o que vou fazer. Vou pensar na vida», atirou.

Do lado do clube serrano, o médico, Mendes Conceição, salienta que os riscos não eram pretendidos. «Depois destes exames todos, demo-lo como não apto para o futebol de alta competição. O risco era repetir-se a situação anterior, ter mais um enfarte. Depois de reavaliarmos tudo, ninguém quis correr riscos», afirmou, à Lusa.

Santiago da Silva teve como auge, em Portugal, a passagem pelo União da Madeira, na II Liga, entre 2011 e 2014. Esteve sempre cedido pelo Paços de Ferreira, mas nunca jogou pelos castores. Passou ainda pelo Cinfães, Coimbrões, Padroense, Nogueirense, Infesta, Progresso e Bravos do Maquis (Angola).