O grupo de trabalho do Vila Real mantém-se em protesto contra os salários que tem em atraso, através de uma greve que inclui a recusa em comparecer ao treino. Jogadores e equipa técnica acumulam três meses de pagamentos atrasados, num clube que além de grave crise financeira atravessa também uma crise directiva, sendo que no caso de jogadores mais antigos somam-se também atrasos de épocas anteriores.
Apesar desta greve aos treinos na formação transmontana já se prolongar há cerca de quinze dias, o treinador Luís Pimentel garantiu que a equipa da Série B da III vai apresentar-se ao próximo jogo, procurando continuar a defender o oitavo lugar. A situação da equipa técnica é, de resto, mais grave do que a do plantel, isto porque já não recebe qualquer pagamento há cerca de seis meses.
O Vila Real é nesta altura gerido por uma comissão administrativa que tomou conta do clube depois do vazio directivo que se seguiu à demissão da anterior direcção. Uma demissão motivada por uma dívida total do clube de 500 mil euros. A crise, essa, manteve-se, pelo que vai realizar-se após o jogo de domingo uma nova Assembleia-Geral na qual a equipa espera que seja encontrada uma solução para os problemas. «Se não for encontrada uma solução os jogadores podem tomar uma posição mais drástica que poderá passar pela não comparência aos jogos ou mesmo por uma rescisão colectiva», disse o capitão José Monteiro em conferência de imprensa.