O jogo entre a equipa açoriana do Sp. Ideal e o Sertanense, a contar para a Série C do Campeonato de Portugal e agendado para este sábado às 11h00 locais, não se realizou e foi remarcado para 12 de fevereiro de 2020.

Na origem do adiamento esteve a perda de quatro volumes de bagagem onde estavam os equipamentos da equipa da Sertã e que permanecem em parte incerta.

Contactado pelo Maisfutebol, o presidente do clube, Paulo Farinha, falou de um episódio surreal e explicou melhor os contornos de uma viagem que apelidou de «épica».

«Faltavam quatro volumes da bagagem. Fizemos reclamação na hora junto da FPF, fomos para o jogo nesse pressuposto e adiámo-lo das 11 para a uma da tarde, à espera que o avião da Sata chegasse com os equipamentos. A Sata ainda não deu garantias de nada. Ainda não temos garantias de nada», disse, agastado com a situação.

Os constrangimentos do Sertanense uma das equipas que causou furor nesta edição da Taça de Portugal, começaram logo no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, por força da Depressão Elsa. «Estivemos duas horas em plena pista para levantar e chegámos à uma e meia da manhã a Ponta Delgada, tendo jogo marcado na manhã seguinte. E no sábado, à vinda, estivemos, sete horas dentro do aeroporto de Ponta Delgada e sem nada para comer. Tínhamos voo às 17h40 e só chegámos à Sertã às 5 da manhã», explicou o dirigente.

Pelo meio, a comitiva do Sertanense tentou recuperar os equipamentos à chegada ao continente, mas sem sucesso. «Estivemos uma hora e meia em Lisboa a ver se conseguíamos resgatar os nossos equipamentos e deram-nos como desaparecidos: nem sabem onde é que estão agora. O que pondero agora? Quero resgatar as nossas coisas e vou ponderar quem é que me vai pagar a viagem, mas vou deixar serenar os ânimos e tentar resolver tudo com a Federação», concluiu Paulo Farinha.