Estalou o verniz entre Emmanuel Adebayor e a família. O avançado togolês, atualmente a representar o Tottenham, deixou, através do Facebook, um extenso desabafo sobre alguns comportamento dos familiares mais próximos. «Guardei estas história durante muito tempo, mas penso que hoje vale a pena partilhar algumas delas convosco. É verdade que os assuntos familiares devem ser resolvidos internamente e não em público, mas estou a fazer isto para que todas as famílias possam aprender com o que aconteceu na minha. Nada disto tem a ver com dinheiro», começa por escrever o atacante de 31 anos.

Adebayor lembra um episódio ocorrido quando um dos seus irmão estava gravemente doente. «Estava no Gana e conduzi o mais rápido que pude até ao Togo para o encontrar e ajudar. Quando cheguei, a minha mãe disse que não podia vê-lo e que eu devia apenas entregar-lhe dinheiro para que ela resolvesse tudo. Só Deus sabe quanto lhe dei naquele dia. As pessoas estão a dizer que não fiz nada para salvar o meu irmão Peter. Serei idiota para conduzir durante duas horas até ao Togo para nada?»

Os desabafos do jogador do Tottenham não ficaram por aqui. Adebayor acusou a família de tentar aproveitar-se do sucesso que alcançou. «Em 2005 organizei uma reunião para resolver os nossos problemas familiares. Quando lhes perguntei a opinião, disseram que eu devia construir uma casa para cada membro da família e dar a cada um deles uma mesada.»

O jogador acusa ainda um outro irmão de ter roubado 21 telemóveis nos poucos meses em que esteve numa academia de futebol em França e a irmã, que diz ter arrendado sem a sua permissão uma casa que ele lhe tinha comprado no Gana. «Quando lhe telefonei a pedir uma explicação, ela passou 30 minutos a insultar-me. [Depois] telefonei à minha mãe para lhe explicar a situação é ela fez o mesmo que a minha irmã.»

Mas há mais sobre a progenitora do avançado togolês, melhor jogador do continente africano em 2008. «Quando a minha filha nasceu, entrámos em contacto com a minha mãe para lhe contar, mas ela desligou o telefone imediatamente e não quis saber.»

Adebayor termina o extenso desabafo, redigido em inglês e em francês, esclarecendo que não o fez no sentido de expor os familiares. «Apenas quero que outras famílias africanas aprendam com isto. Obrigado.»
 

SEA, I have kept these stories for a long time but I think today it is worth sharing some of them with you. It's true...

Posted by Emmanuel Adebayor on Tuesday, May 5, 2015